Exame toxicológico ainda é motivo de dúvidas para motoristas profissionais
A campanha Maio Amarelo alerta a população sobre a importância de se realizar ações para garantir um trânsito seguro
12/05/2022
A campanha Maio Amarelo alerta a população sobre a importância de se realizar ações para garantir um trânsito seguro. Dentro deste assunto, a exigência do exame toxicológico para motoristas de caminhões e ônibus é uma das mudanças mais recentes, mas que ainda gera muitas dúvidas nos profissionais quanto aos tipos de substâncias detectadas e demais exigências da lei.
O exame toxicológico tem como objetivo identificar a presença de substâncias psicoativas no organismo. O Código de Trânsito Brasileiro determina que todo condutor habilitado nas categorias C, D e E deve realizar o exame toxicológico periódico a cada dois anos e seis meses, para condutores com até 69 anos de idade; e a cada renovação da habilitação, para condutores com 70 anos ou mais.
De acordo com um estudo do SOS Estradas divulgado em outubro do ano passado, com a obrigatoriedade dos exames, ocorreu uma redução dos acidentes de trânsito de 30 a 40% em alguns estados brasileiros e cerca de 3,6 milhões de motoristas abandonaram a carreira. A pesquisa mostrou também que, de 200 mil laudos positivos analisados, só na categoria de ônibus, 60,3% usavam cocaína.
Segundo especialista do DB Toxicológico, os motoristas ficam tão preocupados em cumprir o trabalho que acabam tomando substâncias, como o popular rebite, para conseguirem dirigir várias horas seguidas sem descanso.
Se o motorista fizer o exame e tiver tomado rebite, vai dar positivo porque a anfetamina é detectada. Não vale a pena e estar sob o uso dessas substâncias pode causar acidentes fatais. O descanso é fundamental.
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