Saúde

Febre Amarela – Saúde reforça importância da vacinação contra febre amarela em SC

Em 2019, Santa Catarina registrou a expansão da febre amarela em seu território, com a confirmação de dois óbitos humanos e seis primatas acometidos pela doença

23/01/2020

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou esta semana uma nota de alerta sobre a febre amarela. No documento, a DIVE pede que os profissionais de saúde fiquem atentos aos casos suspeitos da doença, orienta sobre a importância da vacinação e da notificação da morte ou adoecimento dos primatas.

“Em 2019, Santa Catarina registrou a expansão da febre amarela em seu território, com a confirmação de dois óbitos humanos e seis primatas acometidos pela doença. É fundamental a manutenção das ações de controle da doença, especialmente a vacinação das pessoas, já que estamos no período sazonal” alerta João Fuck, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

A medida ocorre depois de Santa Catarina registrar, nos primeiros 20 dias de 2019, 64 mortes em macacos com suspeita de febre amarela. Os óbitos estão em análise no Instituto Carlos Chagas Fiocruz do Paraná, laboratório de referência para SC. As notificações estão concentradas nas regiões de saúde do Planalto Norte (nos municípios de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho) e Médio Vale do Itajaí (Pomerode, Blumenau e Timbó). No ano passado, foram notificados 20 óbitos de macacos ao longo do mês de janeiro, porém nenhum deles foi confirmado para a doença.

VACINAÇÃO – A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única forma de se proteger é através da vacinação. Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE/SC, explica que todas as pessoas com mais de nove meses devem receber a dose da vacina.

“No Estado, até o momento, a cobertura vacinal está em 84%. Mas, ainda é uma cobertura muito heterogênea nos municípios. Muitos ainda não atingiram bom índice. O ideal é o Estado imunizar, ao menos, 95% da população dentro do público-alvo”, afirma. Para se imunizar, basta procurar um posto de saúde e levar a carteira de vacinação ou um documento.

Febre amarela em SC causou mortes humanas no ano passado

No dia 28 de março de 2019, Santa Catarina confirmou o primeiro caso de febre amarela autóctone (contraída dentro do Estado) em humano. O paciente era um homem, de 36 anos, que não havia se vacinado e morreu. Ele morava na localidade de Pirabeiraba, em Joinville. O segundo óbito em humano por febre amarela em SC foi registrado no final de junho. O paciente era um homem, de 40 anos, residente em Itaiópolis, no Planalto Norte. Ambos não tinham registro de vacina.

Com relação aos primatas, foram notificadas, no ano passado, 353 mortes de macacos em 77 municípios. Dessas, seis tiveram a causa da morte confirmada por febre amarela (Garuva, Joinville, Indaial e Jaraguá do Sul). “É importante que quem encontre um macaco morto ou doente notifique a secretaria municipal de saúde. São os macacos os primeiros a adoecerem por febre amarela e por isso sinalizam a presença do vírus na região e norteiam o trabalho das equipes de vigilância”, explica Renata Gatti, bióloga da DIVE/SC.

Morte de macacos acende o alerta em Massaranduba

A questão é mais séria do que parece. Nos primeiros 20 dias do ano já foram encontrados seis macacos mortos, com suspeita de febre amarela em Massaranduba, no Centro, Braço do Norte e Guarani-Mirim. Não são os macacos os transmissores da doença. Ela é transmitida por meio da picada de mosquitos infectados com o vírus e única ferramenta para a prevenção é a vacina. A morte dos animais significa que o vírus pode estar presente na região. A confirmação se dará após exames laboratoriais do material coletado.

A Vigilância Epidemiológica de Massaranduba orienta para que a população entre em contato com o órgão pelo telefone (47) 3379–8511, caso encontre algum animal morto. Além disso, a recomendação é de que a comunidade evite o contato com esses animais. A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as unidades de saúde do município. Até agora, 99% do público alvo (crianças a partir dos nove meses e até 60 anos) foram imunizados. Quem não se vacinou ainda, deve se prevenir.

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