Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.
Futebol: Há 65 anos, o Brasil conquistava seu primeiro título mundial
“O Brasil vai sempre reverenciar o legado desses atletas que participaram da conquista histórica na Suécia”, afirmou o presidente da CBF
30/06/2023
Em 29 de junho de 1958, no estádio Råsunda, em Estocolmo, o Brasil se juntava à lista de campeões mundiais, formada até então por Uruguai, Itália e França. A equipe escalada por Vicente Feola entrou em campo determinada a levar o Brasil ao topo do futebol mundial e não se abalou quando sofreu um gol da Suécia logo aos quatro minutos de jogo, marcado por Liedholm. O Folha Seca, Didi, pegou a bola rapidamente e a levou até o centro do campo, numa demonstração de que nada pararia a Canarinho.
A Seleção não demorou a reagir e empatou com Vavá aos nove minutos. Garrincha e suas pernas tortas conduziram a bola até o fundo e cruzaram para o meio, onde estava Vavá, livre, para marcar o primeiro gol do Brasil. Aos 32 minutos, veio a virada, em lance incrivelmente idêntico. Os dois gols projetaram Vavá, o Leão da Copa, na história das Copas do Mundo: é um dos cinco jogadores a marcar pelo menos duas vezes em uma final de Mundial.
No segundo tempo, Pelé fez um dos gols mais marcantes da história de Copas do Mundo. A Enciclopédia do Futebol, Nilton Santos, cruzou para O Rei, que dominou no peito e deu um chapéu no defensor sueco. A genialidade do camisa 10 ficou imortalizada em seu chute para o fundo das redes, o terceiro tento do Brasil, aos 55 minutos.
Depois, o Formiguinha, Zagallo chutou por debaixo das pernas do goleiro e ampliou para o Brasil. A Suécia ainda diminuiria a diferença com Simonsson, aos 80, mas o título já estava definido. Ainda havia tempo para Pelé, de cabeça, dar números finais à partida: 5 a 2 para o Brasil.
Do outro lado do oceano, pelo rádio e pela televisão em preto e branco, os brasileiros viram o mundo ser pintado de verde e amarelo.
“Parabenizo todos os campeões por mais um aniversário da primeira conquista da Copa do Mundo pela Seleção Brasileira. Essa data é inesquecível para todos os fãs do futebol. Hoje é um dia de festa para o futebol mundial. A CBF vai sempre reverenciar o legado desses atletas que participaram da conquista histórica na Suécia”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Para conquistar a Copa do Mundo da Suécia, não bastava a genialidade de Garrincha e Pelé, o maior jogador de todos os tempos. Era preciso também contar com a segurança de Gilmar debaixo das traves, da liderança de Bellini na zaga, da inteligência de Nilton Santos e da força de Djalma Santos nas laterais, sem esquecer do entendimento de jogo de Zagallo e da técnica apurada de Didi, eleito o melhor jogador da Copa. A Garrincha e Pelé caberia a tarefa de comandar o ataque do Brasil, com a imprevisibilidade do camisa 7 e a excelência do camisa 10.
Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, o capitão da Seleção, Bellini, recebeu a taça das mãos do Rei Gustavo da Suécia e eternizou o gesto de se levantar o troféu para comemorar um título. Porém, a decisão de erguê-la ocorreu de forma inusitada.
“Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo. Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos, começaram a gritar:
“Bellini, levanta a taça, levanta, Bellini!”, já que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui”, conta.
Passados 65 anos da conquista, cabe a nós reverenciarmos os precursores da história do Brasil, hoje pentacampeão mundial. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) presta seus agradecimentos aos 22 atletas campeões da Copa do Mundo de 1958.
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