Santa Catarina

Guerra no União Brasil

Esquente o clima entre os correligionários do UB de Santa Catarina

03/02/2023

Não chamem para um mesmo jantar o deputado federal reeleito, Fábio Schiochet UB), e o primeiro suplente de deputado também pelo União Brasil, Ricardo Alba, ex-deputado estadual. Alba entrou com um processo contra Schiochet alegando abuso do poder político e econômico. A ação tem a clara intenção de cassar o mandato de Schiochet, o que fará, caso ocorra, com que Alba assuma em seu lugar.

Fábio Schiochet é acusado de ter recebido de forma fraudulenta recursos do fundo eleitoral, ultrapassando o teto máximo permitido. Os valores foram repassados diretamente pela direção nacional do UB, para candidatos a deputado estadual que fizeram poucos votos. Esses valores teriam sido utilizados para a contratação de cabos eleitorais, os quais, segundo a acusação, prestaram serviço apenas para Schiochet, quando deveriam ter trabalhado pelos candidatos à Alesc.

Um caso é relatado por Ângela Urbanek, que admite em ata notarial assinada em cartório, que recebeu depósitos que, somados, chegaram a R$ 224.918. “Durante a campanha eu recebi vários contratos por intermédio de assessores do deputado Fábio, em especial da assessora Nadir, com quem sempre mantive contato, de pessoas que eu não conhecia, e que as contratações foram feitas diretamente pelo deputado Fábio, utilizando-se do meu fundo eleitoral para isso”, relatou no documento. Ela ainda destaca que das 54 contratações, 15 foram feitas por ela e que, conhecia apenas um total de 23 pessoas do grupo.

Em outro caso relatado pelos advogados de Ricardo Alba, uma ex-vereadora de Apíuna, Nina Montanha, que fez cerca de mil votos, recebeu aproximadamente R$ 1 milhão. Também chama a atenção da acusação que, na eleição de 2020, quando foi candidata a prefeita, ela se declarou branca, porém, no pleito do ano passado a declaração consta como parda, o que de acordo com Alba, foi uma forma de poder obter mais recursos. Em sua denúncia, Alba estima que a soma dos valores recebidos por Schiochet através do fundo, com a suposta burla da lei, passa dos R$ 4 milhões, ultrapassando o teto máximo.

Procurei Schiochet que negou qualquer fraude nas suas contas e no recebimento do fundo. Chamando Alba de “derrotado”, ele disse que uma ação em que, o seu agora adversário pedia para ele não ser empossado, foi negada pelo TRE. “Eu já estou pedindo litigância de má fé. As denúncias não param em pé, não se sustentam”, disse Schiochet.

Para Fábio, Ricardo Alba deve respeitar o resultado das urnas e, defende a inelegibilidade de seu suplente por oitos anos, por estar fazendo acusações, as quais, segundo ele, não são verdadeiras. “Facilmente conseguiremos provar que não tem fundamento as acusações de quem foi derrotado nas urnas”, disse Schiochet.

 

Conteúdo desenvolvido pelo jornalista Marcelo Lula

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