Cultura

Hino Nacional terá afinação original da composição na abertura do Femusc

Os ingressos são disponibilizados 48 horas antes de cada espetáculo. A abertura acontece neste domingo, na Scar

14/01/2022

Agora falta muito, mas muito pouco para a música invadir de vez Jaraguá do Sul no 17º Festival de Música de Santa Catarina (Femusc). O evento acontece presencialmente na Sociedade Cultura Artística (Scar), de 16 a 29 de janeiro. E os femuskianos e professores já começaram a chegar na cidade.

Nesta edição, além do programa de Música Popular Brasileira (MPB), presente desde a 15ª edição, o festival-escola traz também o programa de Música Antiga, focada no período colonial, barroco e clássico.

De acordo com o diretor-artístico do Femusc, Alex Klein, está se tornando cada vez mais difícil tocar obras de Johann Sebastian Bach e Antonio Vivaldi, ambos do período barroco, por exemplo, em instrumentos com afinações modernas.

Dessa forma, os instrumentos utilizados serão barrocos ou cópia dos mesmos, além da afinação que será meio tom abaixo da afinação moderna. Esse período compreende as obras compostas entre 1600 até 1750.

(Foto: Cesar Castro/Arquivo

Já a música clássica – habitual no Femusc para os frequentadores mais assíduos -, compreende as composições de 1750 até aproximadamente 1830 quando termina o “período colonial”. Portanto, a afinação para esse período será 1/4 tom abaixo da afinação moderna.

“Hoje os instrumentos são projetados para auditórios onde há duas mil pessoas e fazer gravações com sonoridades grandes. Isso não existia na época, era uma sonoridade menor, mais íntima e mais delicada e para ambientes menores”, destaca Klein.

No Concerto de Abertura, programado para este domingo (16), às 20h30, por exemplo, o diretor-artístico salienta que a apresentação do Hino Nacional, composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, será diferente.

“Normalmente a gente ouve com uma orquestra, com uma banda tocando, e aquela força toda, e o público perceberá que não tem nada disso. O Hino Nacional como ele foi escrito em 1822, era uma obra operática, clássica, delicada, ainda tem aquela imposição de um ritmo de harmonia nacional, mas esta será a sonoridade que o Dom Pedro teria ouvido em 1831, quando aconteceu a primeira apresentação”, afirma Klein.

Protocolo de segurança e ingressos para os concertos

Como ainda estamos em pandemia e vai acontecer Femusc, logicamente que com algumas alterações em relação aos anos anteriores, a segurança com os cuidados sanitários foram redobrados. Uma das mudanças, e talvez a mais radical, foi a redução significativa no número de alunos, professores e professores assistentes para a 17ª edição.

E como o evento será presencial, a organização montou um plano de ação com regras estritas. Exames virais serão oferecidos diariamente a alunos e professores do Femusc. O uso de máscara será obrigatório e o distanciamento social também.

Os teatros e salas de concertos, não ultrapassaram 80% da capacidade e as salas de aula terão no máximo dez pessoas.

Para a 17 edição, serão disponibilizados mais de 16 mil ingressos gratuitos para os concertos que acontecem na Scar. Nos demais concertos – como Femusc itinerante que acontece em praças e locais públicos, não haverá ingresso.

Os ingressos serão disponibilizados 48 horas antes da apresentação, ou seja, para o Concerto de Abertura marcado para este domingo, os ingressos estarão disponíveis nesta sexta-feira (14) e assim por diante. E serão somente dois por pessoa. Eles devem ser retirados na bilheteria da Scar. A série Grandes Concertos, que acontece tradicionalmente às 20h30, terá transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Femusc.

200 anos da Independência e Semana da Arte Moderna

Na programação deste ano, o Femusc comemora o bicentenário da Independência e a Semana de Arte Moderna de 1922, trazendo apresentações desses estilos musicais. Ao todo, serão 61 apresentações abertas ao público no Grande Teatro da Scar e em espaços públicos.

Entre os destaques já confirmados estão Jane Duboc, uma das grandes vozes da MPB, Marc Destrubé, do violino barroco, a cravista Béatrice Martin, que tocou na abertura da nova Filarmonie de Paris, e Fernando Cordella, um dos principais cravistas de sua geração na América Latina.

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