Homem acusado de homicídio em Massaranduba foi diagnosticado com esquizofrenia e fugiu da ala psiquiátrica de hospital, segundo advogada

O homem acusado de matar Jefferson Lewandowski com um tiro na cabeça na noite de sábado (13), em Massaranduba, foi diagnosticado com esquizofrenia, segundo a advogada do réu Francielle Cristine Bachmann (OAB/SC 57.406).

Segundo nota enviada à imprensa na tarde desta terça-feira (16), o réu começou com episódios de delírios e alucinações e foi devidamente levado ao hospital no sábado pelos familiares, sendo internado em uma ala psiquiátrica em um hospital de Blumenau.

A família só ficou sabendo que o réu fugiu da ala psiquiátrica, após os policiais notificá-los por telefone sobre o crime ocorrido, isso já no domingo (14).

“Neste momento está sendo apurado o que aconteceu de fato no hospital, no local do crime e os motivos que levaram a família a não ser informada sobre a fuga do paciente”, diz a nota assinada pela advogada. (confira a nota na íntegra no final da matéria)

Conforme o delegado da Polícia Civil Caléu de Mello, o homem aparentemente possui algum transtorno psiquiátrico. Ele prestou depoimento ontem (15).

“Ele não falou nada que fazia sentido, estava delirando. Ele falava em salvação e disse que era um Transformers”, afirmou.

O suspeito pelo crime não falou diretamente sobre o ocorrido e até o momento nenhuma testemunha foi conduzida ao plantão. O aprofundamento do caso vai ficar a cargo da delegacia de Massaranduba.

Lewandowski morreu no domingo (14). Ele foi atingido por um disparo de arma de fogo na rua Benjamin Constant, no bairro de mesmo nome, por volta das 22h15 de sábado.

Segundo a Polícia Militar, o COPOM recebeu uma ligação informando que um homem havia sido alvejado por um tiro de espingarda.

Guarnições foram empenhadas e ao chegaram no local foram informados que o autor havia se evadido em direção a uma arrozeira.

Os policiais estavam para iniciar as buscas quando viram o autor retornando ao local do crime e lhe deram voz de prisão.

Questionado sobre a arma, ele disse que havia jogado a mesma em um valo onde foi encontrada após buscas.

O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Polícia onde foi entregue juntamente com a arma utilizada no crime, uma espingarda calibre 12.

Confira a nota da advogada do réu na íntegra

“Venho por meio deste comunicado oficial à imprensa, como advogada constituída pela família do acusado (réu) do homicídio da vítima Jeferson Necesio Lewandowski, que faleceu em Massaranduba no dia 14/08/2022, após ser alvejado com um tiro.

Circulam pela imprensa e redes sociais, que o réu seria andarilho, mendigo e/ou criminoso com passagem, neste comunicado, venho esclarecer que as informações divulgadas não procedem.

Em primeiro lugar, em nome da família esclareço que todos estão abalados emocionalmente e receberam a notícia com muita surpresa, desejando a família enlutada da vítima, os seus pesares e sentimentos pela perda do seu ente querido.

E na oportunidade esclareço que o réu pertence a grupo de pessoas com incapacidade cognitiva, possuindo laudo e fazendo acompanhamento psiquiátrico frequente, com diagnóstico de esquizofrenia (CID 10 F.20.0).

Na noite de sexta-feira o réu começou com episódios de delírios e alucinações e foi devidamente levado ao hospital no sábado pelos seus familiares, o qual gerou uma internação na ala psiquiátrica de um Hospital de Blumenau.

Infelizmente a família só ficou sabendo da evasão do paciente da ala psiquiátrica, após os policiais notificá-los por telefone sobre o crime ocorrido, isto já no domingo, por volta das 8:00h da manhã.

Neste momento está sendo apurado o que aconteceu de fato no hospital, no local do crime e os motivos que levaram a família a não ser informada sobre a fuga do paciente.

Informamos que até o presente momento a família e a advogada não foram contatados pelo Hospital.

O réu possuía tratamento adequado e a família desempenha com maestria suas funções para ajudá-lo.

O escritório Bachmann Advocacia e a família esperam que todos os fatos sejam apurados e a justiça seja cumprida.

Francielle Cristine Bachmann

OAB/SC 57406”