Cotidiano | 18/07/2025 | Atualizado em: 18/07/25 ás 17:58

Kolonistenfest: uma ponte entre geração e tradição no coração de Jaraguá do Sul

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Kolonistenfest: uma ponte entre geração e tradição no coração de Jaraguá do Sul

Apresentação da corte da 38ª edição da festa dos colonos | Foto: Reprodução/Instagram @aliancasociedade

Em meio ao vibrante cenário cultural de Jaraguá do Sul, a 39ª Kolonistenfest (“A Verdadeira Festa do Colono”) se ergue como um farol de tradição e celebração. A Sociedade Aliança, no histórico bairro Rio Cerro II, pulsa em festa desde a noite desta quinta-feira (17), mergulhando seus visitantes em quatro dias de pura herança germânica e pomerana, estendendo-se até o domingo (20).

Mais do que um mero evento, a Kolonistenfest é um testemunho vivo da resiliência e do orgulho de uma comunidade que, no Hemisfério Sul, preserva com fervor o legado de seus ancestrais, os “camponeses da velha Europa”. Para os descendentes de alemães e pomeranos do Rio Cerro II, esta celebração rural transcende o entretenimento; ela é a alma que conecta o passado ao presente, um elo inquebrável com a história de colonização que moldou a região.

Sexta-feira em efervescência: coroação e símbolos

A programação da sexta-feira, 18 de julho, é particularmente emblemática. A “Recepção com Karine & Felipe” às 19h, seguida de um farto alimentação com iguarias como o tradicional Schwarzsauer, churrasco, strudel e cucas, já prepara o ambiente para o ápice da noite: a Solenidade de Abertura da Kolonistenfest às 20h30. Este momento solene, que também marca a inauguração da 20ª Expo Agroindustrial e 9ª Expoplan, culmina com a simbólica Sangria do 1º Barril de Chopp. Não é apenas uma cerimônia, mas a materialização da fartura e da alegria que os colonos trouxeram de suas terras natais.

Pouco depois, às 21h30, a Apresentação e escolha das majestades de beleza da 39ª Kolonistenfest reafirma a continuidade das tradições. As rainhas e princesas não são apenas figuras de beleza, mas embaixadoras da cultura, encarnando o espírito festivo e a elegância dos trajes típicos. O baile com a ADLER’S BAND, que se inicia às 22h30, é o convite à dança e à confraternização que perpassam gerações.

O sábado do colono: homenagem e diversão

O sábado, 19 de julho, destaca a essência rural da festa. Começando cedo, com o 8º Passeio off road 4×4 às 8h e o 3º Passeio Tobattamigos às 9h, a programação remete diretamente ao trabalho e ao lazer no campo. A tobata, um pequeno trator comum nas propriedades rurais, torna-se símbolo da força e da adaptabilidade do colono.

O almoço, um verdadeiro banquete com marreco recheado e churrasco, é um tributo à mesa farta dos antepassados. O desfile da Sociedade Aliança às 14h, com seus grupos convidados e carros alegóricos ao som da Banda GBD, é um momento de união e visibilidade da comunidade. A “Tarde dançante” no Pavilhão A e a apresentação do Grupo Folclórico Grunes Tal (EEB – Professor João Romário Moreira), no Pavilhão B, celebram a música e a dança que embalaram a vida desses pioneiros.

Domingo: colheita, encantamento e adeus

O último dia, domingo, 20 de julho, é carregado de simbolismo. A “Recepção das sociedades e visitantes” às 8h30, seguida do desfile acompanhado por bandas como ESTRELA DE OURO e MENSAGEM, ressoa com o espírito de comunidade. A “Competição de Serrador” às 15h, por sua vez, presta homenagem à força braçal e à habilidade manual dos colonos que moldaram a paisagem local.

O ponto culminante da Kolonistenfest, contudo, é o encerramento às 22h com a tradicional colheita dos produtos expostos. Este ato não é apenas o fim de uma festa, mas o ciclo da vida rural se completando. A “colheita” simbólica representa a recompensa pelo trabalho árduo, a gratidão pela abundância da terra e a renovação da esperança para o próximo ano, quando a festa completará 40 anos e Jaraguá do Sul, 150 anos. É um momento de reflexão sobre o legado deixado pelos que vieram antes e a responsabilidade de mantê-lo vivo.

A Kolonistenfest, com o apoio da Prefeitura de Jaraguá do Sul e a presença marcante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Abastecimento, demonstra que a herança cultural dos camponeses europeus não apenas sobrevive, mas floresce vibrantemente no coração de Santa Catarina, reafirmando que a verdadeira festa do colono é, acima de tudo, a festa da identidade e da memória.

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Ademir Pfiffer

Historiador e criador de conteúdo digital para as plataformas do Kwai, Tik Tok e You Tube. Dedicado à pesquisas sobre memória e patrimônio histórico-cultural em comunidades tradicionais

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