Brasil | 07/08/2024 | Atualizado em: 07/08/24 ás 08:52

Lei Maria da Penha completa 18 Anos de luta pelas mulheres

Quase duas décadas depois, a lei avançou na proteção às mulheres, mas desafios no judiciário persistem

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Lei Maria da Penha completa 18 Anos de luta pelas mulheres

Woman in fear of domestic abuse and violence, concept of female rights. Stop agression. Caucasian woman on grey looks upset, sad, depressed being victim of man or husband. Has bruises, hematomas.

A Lei Maria da Penha completa 18 anos nesta quarta-feira (7), marcando quase duas décadas de avanços significativos na proteção das mulheres contra a violência doméstica e familiar no Brasil. Apesar das conquistas, a eficácia da lei ainda enfrenta desafios, principalmente no âmbito do Judiciário.

 

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Maria da Penha Maia Fernandes (Fortaleza-CE, 1º de fevereiro de 1945), fundadora do Instituto Maria da Penha. Foto: Instituto Maria da Penha.

 

Batizada em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha, que sobreviveu a duas tentativas de assassinato por parte do marido, a lei 11.340/2006 transformou a forma como o Brasil lida com a violência doméstica. A legislação estabelece que todos os casos de violência intrafamiliar são crimes e devem ser julgados nos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher, criados especificamente para esse fim.

 

 

A Lei Maria da Penha trouxe mudanças importantes, como:

 

  • A tipificação das diversas formas de violência doméstica (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral).
  • A proibição de penas pecuniárias aos agressores.
  • A ampliação da pena restritiva de liberdade, com prisão de até três anos.
  • A concessão de medidas protetivas de urgência.
  • O encaminhamento das vítimas e seus dependentes a programas de proteção e assistência social.

Desafios na Aplicação

 

Embora a legislação seja robusta, sua aplicação enfrenta barreiras no sistema judiciário, como a falta em muitos estados, de Juizados de Violência Doméstica e Familiar, fazendo com que os casos sejam tratados por profissionais sem a devida perspectiva de gênero, perpetuando estereótipos e gerando revitimização.

 

Além disso, há juízes que vinculam a concessão de medidas protetivas à denúncia criminal, apesar da lei prever que essas medidas devem ser concedidas diante do risco à integridade da mulher, independentemente de um boletim de ocorrência.

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Fonte: Freepik

 

 

A legislação evoluiu ao longo dos anos, incluindo a criminalização do feminicídio em 2015, a inclusão da violência psicológica como uma forma de violência doméstica em 2021 e a garantia de pagamento de pensão para órfãos de mulheres vítimas de feminicídio em 2023.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) já determinou a constitucionalidade da lei, eliminando dúvidas jurídicas que poderiam enfraquecer sua aplicação. Contudo, a implementação plena da Lei Maria da Penha depende de uma contínua vigilância e empenho por parte de todos os setores da sociedade e do sistema judicial.

 

 

 

 

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Cristiane Marcelino

Relações Públicas RP 4173 Editora, redatora. e pós-graduanda em Copywriting e Escrita Criativa

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