Lunelli critica alto número de partidos políticos: “Dinheiro que devia estar em escolas e hospitais”
Foto: Rodolfo Espinola-AgenciaAL
Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o deputado estadual Antídio Lunelli voltou a defender mudanças profundas no sistema político brasileiro. O parlamentar afirmou que o país vive um desequilíbrio provocado pela proliferação de legendas. “É muito partido e pouco propósito”, declarou.
“Fábrica de partidos” e custo elevado
Lunelli chamou atenção para o fato de o Brasil contar atualmente com 32 partidos registrados, dos quais 23 possuem representação na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o excesso de siglas gera instabilidade na governabilidade, aumenta os custos da estrutura pública e dificulta a entrega de resultados efetivos à população.
O deputado comparou o modelo brasileiro com o de democracias consolidadas, como os Estados Unidos, que operam com apenas duas grandes forças políticas bem definidas. Ele também fez críticas ao volume de recursos públicos destinados às legendas.
“Nas eleições de 2024, o Fundo Eleitoral custou R$ 5 bilhões, e só no primeiro semestre de 2025 o Fundo Partidário repassou mais de R$ 480 milhões a 19 legendas”, destacou.
“O modelo atual é insustentável”
Ao reforçar que não é contra a política, Lunelli defendeu uma revisão urgente das regras partidárias. “Não se trata de demonizar a política nem os partidos. A boa política é necessária e precisa de estrutura, mas o modelo atual é insustentável. O cidadão está com o couro esfolado de tanto trabalhar para bancar a máquina estatal brasileira e a máquina partidária. Dinheiro que devia estar em escola, hospital”, afirmou.
Proposta de redução do número de partidos
Como alternativa, o parlamentar propõe limitar o número de partidos a no máximo cinco, representando diferentes linhas ideológicas. Para ele, a simplificação permitiria mais clareza nos projetos de governo e maior eficiência na gestão pública.
Conteúdos em alta
Com o discurso, Lunelli reforça sua defesa por uma política mais enxuta, transparente e funcional, voltada aos resultados concretos e ao uso responsável dos recursos públicos.
“Hoje, são aproximadamente 32 partidos registrados no Brasil. Muito partido, pouco propósito, esta que é a verdade. Vamos ser claros: enquanto o povo rala para tentar passar o mês, o dinheiro dos impostos vai parar nas mãos de partidos, de cargos e de negociatas. Dinheiro que devia estar em escolas decentes, hospitais com remédios, com médicos, estradas se buracos. Na minha opinião, deveriam existir, no máximo, cinco partidos: direita, centro-direita, centro-esquerda, esquerda e, talvez, um centro. Simples, claro e direto. Claro que precisamos de estrutura para fazer política, mas tudo tem limite. Do jeito que estamos indo, não vai haver dinheiro que chegue para sustentar este modelo”.