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Massaranduba apura contaminação do manancial de captação de água

Na manhã de terça-feira (18), na Câmara de Vereadores, estiveram reunidas as autoridades municipais, executivo e legislativo, para tratar sobre a paralisação na captação de água

20/01/2022

Na manhã de terça-feira (18), na Câmara de Vereadores, estiveram reunidas as autoridades municipais, executivo e legislativo, para tratar sobre a paralisação na captação de água, em razão de possível contaminação, ocorrida no último fim de semana (15 e 16), que afetou também o abastecimento com o rápido esvaziamento dos reservatórios. Para prestar as informações técnicas, foram convidados os responsáveis da empresa Serrana, a qual opera os serviços da Águas de Massaranduba.

De acordo com a secretária de Planejamento, Viviane Hafemann, o prefeito Sesar Tassi, o vice-prefeito Odenir Deretti, vereadores e equipes ambiental, jurídica e de obras, estão organizando as ações cabíveis e com a máxima responsabilidade, no sentido de garantir a continuidade segura do fornecimento de água potável para a população massarandubense.

A Polícia Ambiental, no período da tarde, esteve no gabinete do prefeito Sesar Tassi, dando continuidade à denúncia efetuada no fim de semana sobre a possível contaminação no curso d’água. Os representantes ambientais visitaram o local da captação e coletaram as informações necessárias para os devidos estudos.

Conforme a secretária Viviane, o ocorrido é preocupante. Foram coletadas amostras da água contaminada para análise, mas não está sendo divulgada a possível fonte poluidora. “Não estamos omissos à situação. A Prefeitura está tomando todas as providências legais e acompanhando o caso, por tratar-se de saúde pública”, disse.

Qualidade das águas dos rios litorâneos melhora, indica Qualiágua

A qualidade da água de rios da faixa litorânea de Santa Catarina teve uma melhora nos últimos meses. É o que aponta o Boletim Qualiágua SC baseado na campanha de monitoramento da qualidade das águas do quarto trimestre de 2021, referente a dezembro. Os dados indicam que 27,5% dos pontos monitorados tiveram a qualidade global das águas, avaliada por meio do Índice de Qualidade da Água (IQA), classificada como boa. A qualidade da água dos demais 72,5% dos pontos foi classificada como regular. Nenhuma das amostras apresentou índices do IQA classificado como ruim ou péssimo.

No boletim anterior, referente a setembro de 2021, eram 10% das amostras com qualidade global da água classificada como boa, 80% como razoável e 10% como ruim. Atualmente, a Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), integrada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), monitora 40 pontos de rios localizados na vertente hidrológica litorânea e a previsão é de contratação do monitoramento de mais 65, ao longo dos rios da vertente hidrológica do interior, durante 2022. Dessa forma a rede de monitoramento abrangerá todas as regiões do Estado.

O cálculo do IQA considera nove parâmetros tidos como representativos para a caracterização da qualidade das águas superficiais do estado: coliformes termotolerantes, pH, cloreto, nitrogênio total, fosfato total, temperatura da água, turbidez, sólidos totais e oxigênio dissolvido. As coletas da quarta campanha de 2021 do Qualiágua foram realizadas entre os dias primeiro e 15 de dezembro.

No Vale do Itapocu existem três pontos de captação para aferir a qualidade da água. Dois no Rio Itapocu, em Guaramirim e Jaraguá do Sul, e um no Rio Putanga, que divisa Guaramirim e Massaranduba. Todos tinham o IQA “razoável” no momento da coleta, o que significa a presença de coliformes termotolerantes.

Ponto do Rio Itapocu aponta valor elevado para coliformes

No total, as análises avaliam 21 parâmetros que são comparados com os máximos permitidos pela Resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para água doce. Na campanha atual, 15 pontos não atenderam a um ou mais padrões estabelecidos pela resolução. Ainda que o número seja significativo, houve um decréscimo importante, já que em setembro foram 25. A principal desconformidade verificada é em relação à presença de coliformes termotolerantes, que pode indicar a ocorrência de despejos de esgotamento sanitário ou de lançamento de efluentes da criação animal.

É o caso dos três pontos analisados no Rio Itapocu e no Rio Putanga. São 13 pontos com coliformes termotolerantes na vertente atlântica. A situação da qualidade das águas superficiais dos cursos d’água catarinenses com base nos resultados obtidos na campanha de dezembro de 2021, indica que 40% dos trechos monitorados estão em desacordo com os limites estabelecidos pela legislação vigente.

No total são 25 pontos que atenderam à Classe 2 exigida pela CONAMA e 15 pontos que não atenderam. Com relação aos coliformes, a Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí segue destacando-se negativamente. Nesta campanha os pontos com maiores valores para coliformes foram o P40 – Camboriú (14000 NMP/100mL) e P18 – Jaraguá do Sul (9400 NMP/100mL).

O monitoramento contínuo da qualidade da água é necessário para que a efetividade e o avanço do processo de gestão de recursos hídricos sejam alcançados. A construção da série histórica de dados possibilita a compreensão acerca da evolução da qualidade da água e a identificação das medidas necessárias para atingimento de metas estabelecidas nos planos de recursos.

Comitê Itapocu monitora qualidade da água da bacia hidrográfica

Na segunda quinzena de agosto de 2021, os técnicos da entidade executiva Univille iniciaram o monitoramento de qualidade da água na Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu e Bacias Contíguas. A rede monitoramento possui 10 pontos amostrais, os quais quatro são nos mesmos locais onde estão instaladas as réguas de medição de nível de rios do Comitê Itapocu e seis são em pontos propostos no Plano de Bacia.

Os rios que são monitorados periodicamente são o Rio do Cerro, Rio Jaraguá, Rio Putanga, Rio Piraí, Rio Itajubá e o Rio Itapocu em sua formação, médio curso e foz. São analisados parâmetros físico-químicos e as condições organolépticas dos cursos d´água.

A FURJ/Univille integra o grupo de entidades executivas parceiras do Governo do Estado para o gerenciamento dos Comitês das Bacias Hidrográficas do Estado, iniciativa realizada com o objetivo de assegurar a qualidade e eficiência da gestão dos recursos hídricos de Santa Catarina. A Instituição é responsável pelo gerenciamento das bacias Rio Cubatão, Cachoeira e Itapocu.

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