Depois de 8 anos de espera, o caramelo Max enfim encontrou o final feliz que merecia
Conheça a história da adoção que emocionou Jaraguá do Sul.
Max, o caramelo de Jaraguá do Sul que esperou 8 anos por um lar - Foto: Arquivo pessoal / Marita Richter
Uma história de amor, empatia e recomeço em Jaraguá do Sul
Por oito anos, o caramelo Max viveu à espera de um lar. Resgatado ainda filhote pela Gang dos Patinhas, ele cresceu no abrigo, sempre à espreita de um olhar que dissesse “é você”. O tempo passou, e o cãozinho de porte grande se tornou símbolo de paciência e doçura.
Agora, enfim, a longa espera terminou. Max foi adotado por Marita Richter, moradora de Jaraguá do Sul, que já havia acolhido outros cães da mesma instituição. O encontro entre os dois foi o ponto final, e também o recomeço, de uma história marcada por esperança.

“A história dele me comoveu”
Marita conheceu Max de um jeito simples: pelas redes sociais.
“Vi a reportagem sobre ele no Instagram, contando a trajetória de vida dele. A história me comoveu muito e me trouxe memórias afetivas de um cachorro que já passou na minha vida”, relembra.
Ao descobrir que o cão havia sido adotado e devolvido mais de uma vez, ela ficou tocada. “Fiquei muito triste por saber que ele sempre voltava para o abrigo. Ninguém queria ele por muito tempo.”
Mesmo com o coração aberto, a decisão exigia coragem. “Tinha medo. Tenho mais sete cães e dois gatos. Pensei na adaptação, no ciúme, no motivo de ele estar lá há tanto tempo. Mas ele se acostumou rápido. É muito tranquilo”, conta.
Conteúdos em alta
O primeiro encontro foi como se o destino já soubesse o caminho: “Ele chegou, correu na grama, conheceu o espaço, e logo foi pra varanda, como se dissesse: ‘é aqui que eu quero ficar’.”

Uma rotina feita de carinho e descobertas
A nova vida trouxe também novos hábitos. “Ele é um pouco preguiçoso, talvez porque viveu muito tempo em espaço pequeno. Agora insistimos nos passeios com guia, e ele adora andar de carro, não pode ver uma porta aberta que já pula pra dentro”, brinca a tutora.
Max também descobriu o prazer das cócegas e do carinho. “Ele é muito carinhoso. É gratificante ver a felicidade dele. Parece que sorri quando está recebendo atenção.”
Apesar do tamanho, é dócil e brincalhão. “É inteligente, tranquilo e muito amoroso. Só se estranhou um pouco com o Thor, meu outro adotado, que tem ciúmes de mim. Mas agora já se dão bem”, conta Marita.

“Acredito que ele sabe que está em casa”
Hoje, a casa de Marita é cheia de vida. São onze animais, oito cães e três gatos, convivendo em harmonia. “Acredito que o Max entende que foi adotado. Ele se sente seguro, reconhece a gente, vem quando chamamos, te olha com carinho”, diz.
Para quem ainda tem dúvidas sobre adotar, ela deixa um conselho direto:
“Não tenha medo. Vá até um abrigo e veja a alegria desses animais. Eles só querem amor e um novo lar. Tenho quatro cães adotados e dois gatos, e o amor que dou a eles é o mesmo dos outros. Somos uma grande família de bichinhos felizes.”
E se Max pudesse falar, Marita imagina a resposta:
“Acredito que ele agradeceria. Ele nos olha com muito carinho. Corre no pátio, tem comida boa, cama nova e, o mais importante, tem muito amor e carinho de todos nós.”

Um novo começo com amor e gratidão
Para a Gang dos Patinhas, ver o Max feliz e cercado de carinho é a maior recompensa possível depois de tantos anos de espera.
“Falei com a família dele na quarta-feira. O Max tá maravilhoso! Está bem, sendo cuidado com muito amor. Eles são incríveis, estão completamente apaixonados por ele”, conta Kelly Puccini, emocionada.
Depois de tantas tentativas frustradas, acompanhar essa virada é um alívio. “O Max encontrou a família dele. Eu tenho vontade de chorar, porque não é só um cachorro, você sabe, né? É uma vida que recomeçou.”
A adoção dele é, para o grupo, a prova de que a persistência e o afeto podem transformar qualquer destino, mesmo aquele que parecia esquecido atrás das grades de um abrigo.

Como isso impacta sua vida?
A história de Max mostra que a adoção responsável é um ato de amor que transforma, para os dois lados.
Em Jaraguá do Sul, dezenas de animais ainda esperam por um lar. Cada gesto de empatia, seja uma visita, uma doação ou um compartilhamento, pode mudar o destino de um deles.
Max esperou oito anos para ser feliz. Outros ainda esperam por alguém como você.
Max Pires
Já criei blog, portal, startup… e agora voltei pro que mais gosto: contar histórias que fazem sentido pra quem vive aqui. Entre um café e um latido dos meus cachorros, tô sempre de olho no que importa pra nossa cidade.