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Médicos suspeitos de registrar ponto sem prestar atendimento são alvos de operação em Joinville

Os servidores recebem salários de até  R$ 20 mil. As investigações iniciaram em setembro deste ano

15/12/2020

A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) cumpriram na manhã desta terça-feira (15), em atuação conjunta, 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça contra médicos que atuam no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville.

A ação é da Divisão de Investigação Criminal (DIC). As investigações iniciaram em setembro deste ano e passaram a apurar denúncias de que médicos que atuam no referido hospital estariam burlando o controle de frequência a que estão submetidos, não cumprindo a carga horária mensal de trabalho, em que pese auferirem seus vencimentos de forma integral.

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Conforme a DIC e o GAECO, que atuaram integrados nas investigações, foram 45 dias de monitoramento dos policiais no cotidiano profissional destes médicos, sendo apurado que os servidores – médicos de variadas especialidades – registravam a entrada no hospital, via ponto biométrico, mas logo depois deixavam o local sem constar a saída, seguindo então para a realização de inúmeras atividades particulares, dentre atendimentos em clínicas privadas, compras no comércio e atividades esportivas, retornando ao trabalho apenas para inserir digitalmente à saída.

Segundo verificado nos vínculos funcionais dos suspeitos com o Estado, todos são servidores concursados e recebem entre R$ 9 mil e R$ 20 mil mensais por uma jornada de 80 horas/mês.

Foi apurado ainda, que através da fraude investigada, alguns servidores receberam, inclusive, horas extras e adicional noturno. Os investigados responderão pelo crime de falsidade ideológica (art. 299 do CP). Além disso, poderão também ser responsabilizados civilmente.

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