Jaraguá do Sul

Migrantes buscam um recomeço de vida em Jaraguá

O último domingo de setembro foi atribuído como o Dia Internacional do Migrante e Refugiado

27/09/2022

Guerras, desastres naturais, mudança de regimes políticos, fome e miséria. São inúmeros os fatores que retiram famílias inteiras de suas pátrias de origem para buscar reconstruir suas vidas em outro País. Por conta disso, o último domingo de setembro foi atribuído como o Dia Internacional do Migrante e Refugiado.

Data que lembra a jornada de pessoas como os venezuelanos Ramon Hernandes, 71 anos, Luiz Hernandes Del Vale, 33, Alícia Rojas, 56, e das haitianas Mirlande Louis Michel, 33, Belienne Fils,33 e Mirthelle Pierre Paul, 30, e de sua filhinha de apenas um ano, Abigail. Estrangeiros de dois países distintos que encontraram em Jaraguá do Sul um porto seguro para recomeçar. Nas dependências do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro João Pessoa, o grupo fez relatos sobre os motivos que os trouxeram para cá em busca de dias melhores.

Depois de 31 anos de serviços e aposentado como funcionário da indústria petroleira em seu país, Ramon Hernandez se viu obrigado a deixar sua cidade natal, Maturin – localizada a 500 km da capital Caracas – junto com sua família. “Chegou um momento que a inflação ficou muito alta por lá e o salário que ganhávamos não era suficiente para cobrir as despesas da família”, relembrou. Ele veio ao Brasil com sua esposa, três filhos e oito netos.

Mesmo caminho tomou seu conterrâneo Luiz Hernandes Del Valle. Com formação de tecnólogo em química, ele atuou na área de produção da indústria petroquímica venezuelana por 15 anos. “Em 2018, fui para a Argentina onde morei três anos e estou aqui há um ano e meio com minha esposa e nossos três filhos. Depois de trabalhar em uma empresa de transporte em Schroeder, agora estou numa indústria aqui em Jaraguá. O importante é que hoje tenho segurança e estabilidade para criar nossos filhos. O próximo passo é sair do aluguel e buscar nossa casa própria como tínhamos na Venezuela”.

Leia mais – CRAS João Pessoa recebeu 22 grupos de outros países

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