Ministro defende diálogo nas igrejas para reduzir gravidez na adolescência
Padilha quer diálogo com igrejas para reduzir gravidez na adolescência.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (21) que combater a gravidez na adolescência é fundamental para enfrentar a desigualdade no Brasil e em países vizinhos. Segundo ele, a discussão precisa ocorrer em alto nível político e, principalmente, chegar às escolas e igrejas de comunidades mais vulneráveis.
Durante evento da ONU em Brasília, Padilha destacou que as lideranças religiosas têm papel essencial no enfrentamento do problema, já que muitas vezes são o principal ponto de escuta e acolhimento das famílias. “Não se pode enfrentar a gravidez precoce sem conversar com quem está dentro das igrejas e conhece o território”, disse.
Dados preocupantes na América Latina
O evento internacional alertou que, apesar de queda recente, a América Latina ainda é a segunda região com mais casos de gravidez precoce no mundo. São cerca de 1,6 milhão de partos por ano entre adolescentes — 12% dos nascidos vivos no Brasil são filhos de mães com menos de 20 anos.
Padilha lembrou que muitas adolescentes não engravidam por escolha, mas por falta de acesso à informação, métodos contraceptivos ou proteção contra violência. Ele defendeu que o tema seja tratado como prioridade nos governos e sociedades.
SUS terá novo método contraceptivo gratuito
O ministro anunciou a incorporação do Implanon — método contraceptivo de longa duração — ao SUS. Segundo ele, estudos piloto mostraram que é a tecnologia mais eficaz para adolescentes. A ideia é que, futuramente, até enfermeiros possam aplicar o implante nas Unidades Básicas de Saúde.
Ele também citou a criação da caderneta digital do adolescente e defendeu uma nova abordagem nos serviços de saúde, mais conectada com a realidade da juventude atual.
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Como isso impacta sua vida?
Ações como essa podem evitar que a gravidez precoce afaste adolescentes da escola, do mercado de trabalho e de seus direitos. O envolvimento de igrejas, escolas e UBSs é crucial para mudar esse cenário com escuta, acolhimento e prevenção.
Agência Brasil
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