Jaraguá do Sul

Morador do Rio Molha mantém roda d’água para produzir energia elétrica

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23/01/2024

Uma roda d’água para gerar energia elétrica própria? Pode parecer coisa do passado, mas não é para o aposentado Márcio Mauro Chiodini, do Rio Molha, que mantém propriedade ao lado do campo, acima da Capela Nossa Senhora do Rosário.

Morador do Rio Molha mantém roda d’água para produzir energia elétrica

Com água em abundância da corredeira, tem duas lagoas como reservatórios e canaliza para pás ao redor da roda, que captam a água e, por meio de polias e correias movem o gerador, produzindo energia elétrica.

 

É uma das únicas existentes na região. Segundo Márcio, desde a infância tem fixação por rodas d’água e, em 2015, decidiu construir uma para gerar energia para atender a demanda doméstica, de 220 volts, mas mantém a ligação residencial à rede geral da Celesc, que passa na estrada principal do Rio Molha.

 

É um sistema simples e bastante eficiente para atender à demanda doméstica, reduz os custos com energia elétrica, abastecimento de água sustentável – que retorna para a corredeira – e de baixa manutenção. 

 

A roda tem cinco metros de diâmetro e o sistema funciona às 24 horas do dia. Chiodini trabalha em sua propriedade com plantel de gado e galináceos, preservando um belo pasto de décadas, cobertura vegetal e muita água que desce da corredeira, alimentado por inúmeros córregos, à montante.

 

Ele lembra que na década de 1960 havia 28 rodas d’água em funcionamento para produzir energia para as residências e para os inúmeros engenhos que haviam no Molha. “Agora somos o único. Vou manter e espero que os filhos deem continuidade. Faço o que gosto”, pondera.

 

História dessa tecnologia remonta da Grécia Antiga

 

A história começou na Grécia Antiga, e essa tecnologia acabou se tornando difundida por todo o mundo.

 

A roda d’água é basicamente uma roda de madeira ou metal colocada normalmente na vertical em córregos ou outros corpos de água que aproveita a força da água para gerar energia. 

 

Ela funciona da seguinte forma: pás ou baldes fixados ao redor da roda captam a água. A força da água move as pás ou os baldes resultando em uma rotação transmitida ao maquinário por meio do eixo da roda. 

 

A roda d’água foi, provavelmente, o primeiro método de energia mecânica desenvolvido para substituir o trabalho de humanos e animais. 

Morador do Rio Molha mantém roda d’água para produzir energia elétrica

História da roda d’água

 

O primeiro registro encontrado sobre a roda d’água foi feito por Vitruvius, um engenheiro que morreu em 14 d.C., e remonta a cerca de 4.000 a.C. como uma criação realizada e utilizada durante a época romana.

 

Por toda a história da roda d’água, ela foi utilizada como uma alternativa para geração de energia utilizando recursos naturais.

 

Quando surgiu, suas principais finalidades eram a irrigação de lavouras, moagem de grãos e fornecimento de água potável às aldeias.

 

Foi muito usada para o funcionamento de serrarias, bombas, foles de forja, martelos de inclinação e martelos de viagem. Também foi usada para acionar fábricas têxteis. 

 

Com o crescimento da demanda energética, foi exigida uma evolução para as grandes turbinas hidráulicas.

 

Apesar de não pertencer ao grupo dos equipamentos produtores de energia elétrica em larga escala, a memória desse precursor da geração de energia por meio hídrico e sua importância para nosso desenvolvimento deve ser preservada. Com informações do Museu Weg

 

 

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Por

Jornalista a 47 anos escrevendo a história de Jaraguá do Sul e do Vale do Itapocu, com credibilidade.

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