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Mudança no magnetismo da Terra obriga aeroporto de Guarulhos a alterar pista de pouso
FAB revelou que mudança é de cerca de um grau a cada dez anos
25/09/2022
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), realizou mudanças operacionais no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Isso aconteceu em decorrência de uma alteração no campo magnético da Terra.
As duas pistas do aeroporto precisaram passar por alterações para conseguir se adaptar às mudanças. A alteração apresentada pelo Decea se dá na numeração das pistas. Isso porque eles utilizam bússolas para conseguir se orientar em qual sentido devem posicionar os aviões para ficarem alinhados com a pista.
Em todos os aeroportos as pistas possuem números que variam de 01 a 36. Eles são pintados nas cabeceiras da pista e servem de orientação para os pilotos. Estes números representam o ângulo que a bússola magnética do avião deve estar marcando, dividido por dez.
Além disso, o último número sempre é descartado, caso seja zero, ou arredondado, caso seja superior a cinco. Desta maneira, uma pista que apresenta a bússola para 090, é considerado 09. Enquanto isso, quando a bússola apresenta um número como 177, se torna 18.
Alterações foram feitas pela administradora
No aeroporto em questão, as pistas estão enumeradas com 27 e 09 na cabeceira, acrescentadas das letras L (left, esquerda em português) e R (right, direita em português). Com a mudança, o Decea afirmou que as pistas passarão a ser representadas por 10L/28R e 10R/28L.
Atualmente, quando há duas ou mais cabeceiras no aeroporto, eles são identificados por letras L ou R. Além disso, quando há uma terceira pista a concessionária pinta uma das pistas com a letra C, de center (centro, em português).
A administradora do aeroporto, GRU Airport, reporta que esta é a primeira vez que isso acontece. Inaugurado em 1985, o Aeroporto de Cumbica ainda não havia visto uma mudança como essa em função da demora que este tipo de fenômeno acontece.
De acordo com a FAB, esta alteração no campo magnético “ocorre lentamente e, em média, modifica um grau a cada dez anos”. Agora, a concessionária precisará repintar todos os números das cabeceiras da pista do aeroporto, além de mudar os documentos de navegação, sistemas informativos do tráfego e a sinalização do solo.
Via NSTotal