Segurança

Mulher é condenada a 56 anos e dez meses por matar grávida em Canelinha

Segundo o MPSC, a ré disse que matou a vítima para retirar a neném da barriga dela e que se arrependeu do crime após ser presa

25/11/2021

Após cerca de 15 horas de julgamento, a mulher de 27 anos que confessou ter matado uma grávida para roubar o bebê do ventre dela, em Canelinha, na Grande Florianópolis, foi condenada a 56 anos e dez meses de prisão, segundo o advogado de defesa Rodrigo Goulart. 

O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (24), na Câmara de Vereadores de Tijucas. A defesa pode recorrer da decisão. 

Conforme o Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPSC), a ré contou à Justiça que pesquisou na internet sobre parto e gravidez para simular os sintomas. 

A mulher foi condenada por homicídio qualificado, tentativa de homicídio contra a bebê, ocultação de cadáver, fraude processual, subtração de menor e parto suposto. 

O crime aconteceu no dia 27 de agosto do ano passado e a ré permanecia presa desde então. 

De acordo com o MPSC, em depoimento no julgamento, ela relatou como planejou o crime e admitiu ter estudado como faria para tirar a criança da gestação do ventre da mãe. 

Julgamento 

O júri popular começou com o sorteio dos sete jurados que compuseram o julgamento. Uma pessoa precisou ser substituída ainda pela manhã, após passar mal na sessão.

Por volta das 17h20, a ré começou a ser ouvida. Além de pesquisar sobre parto e gravidez, de acordo com o Ministério Público, ela também contou como planejou o crime, com o chá de bebê surpresa para a emboscada. Afirmou ainda que o lugar do ataque foi escolhido por estar abandonado e ter tijolos para atingir a cabeça da vítima. 

Ao ser interrogada, em seguida, pelo MPSC, a ré se disse “capacitada” para tirar a bebê em gestação do ventre da mãe.

Ela também foi questionada pelas próprias advogadas de defesa. A elas, segundo o MPSC, disse que matou a vítima para retirar a neném da barriga dela e que se arrependeu do crime após ser presa.

Segundo as investigações da Polícia Civil, a vítima morreu em uma cerâmica abandonada. Ela foi golpeada na cabeça com um bloco de barro, ficou desacordada, teve a barriga cortada com um estilete e a bebê que gerava retirada. 

O laudo da perícia apontou que a professora morreu em decorrência de uma hemorragia.

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