Cotidiano | 29/06/2025 | Atualizado em: 29/06/25 ás 10:28

Mulheres em SC têm cada vez menos filhos, aponta Censo do IBGE

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Mulheres em SC têm cada vez menos filhos, aponta Censo do IBGE

Foto: Reprodução/Pixabay

Santa Catarina é o sétimo estado com a menor taxa de fecundidade do Brasil, com média de 1,51 filhos por mulher. Além de optarem por ter menos filhos, as catarinenses também estão entre as que mais adiam a maternidade. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE.

SC tem uma das menores taxas do país

Entre os estados com menor fecundidade estão o Rio de Janeiro (1,35 filhos) e o Distrito Federal (1,38). Já as maiores médias estão na Região Norte, com Roraima (2,18) e Amazonas (2,07). A média nacional de filhos por mulher é de 1,55.

Catarinenses estão adiando a maternidade

Com idade média de 28,69 anos para ter o primeiro filho, Santa Catarina ocupa a quarta posição entre os estados onde as mulheres se tornam mães mais tarde. Está atrás apenas de São Paulo (28,94), Rio Grande do Sul (29,00) e Distrito Federal (29,31). A média nacional é de 28,1 anos.

Escolha por não ter filhos também cresce

O Censo também mostra que aumentou o percentual de mulheres que optam por não ter filhos. Em 2010, 8,2% das catarinenses entre 50 e 59 anos não tinham filhos. Em 2022, esse número subiu para 12,8%. A tendência é semelhante à nacional, que passou de 11,8% para 16,1% no mesmo intervalo.

Escolaridade influencia decisão de ser mãe

A escolaridade tem papel importante nas decisões reprodutivas. Em SC, mulheres com ensino médio incompleto têm, em média, 1,91 filhos. Já aquelas com ensino superior completo têm apenas 1,15 filhos. Quanto maior o nível de instrução, mais tarde a maternidade ocorre: enquanto mulheres com ensino médio incompleto têm filhos aos 27,7 anos, as com diploma superior são mães aos 31,1 anos.

Esse padrão se repete no Brasil. Mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto têm, em média, 2,1 filhos. As que possuem ensino superior completo ficam com 1,19 filhos. Segundo o IBGE, isso se deve ao maior acesso à informação e a métodos contraceptivos.

“A mulher com mais escolaridade, com mais informação, sabe melhor onde procurar os métodos contraceptivos, se assim quiser. Ela vai saber se cuidar melhor e fazer suas escolhas de forma mais consciente”, explica Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE.

Como isso impacta sua vida?

O cenário de baixa fecundidade e adiamento da maternidade tem impactos diretos nas políticas públicas de saúde, educação e planejamento urbano. Além disso, afeta projeções econômicas, previdenciárias e de mercado de trabalho. Entender essas mudanças ajuda a planejar um futuro mais alinhado com a realidade da população.

Max Pires

Já criei blog, portal, startup… e agora voltei pro que mais gosto: contar histórias que fazem sentido pra quem vive aqui. Entre um café e um latido dos meus cachorros, tô sempre de olho no que importa pra nossa cidade.

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