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Número de mamografias cai no Brasil durante a pandemia

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é que 66 mil mulheres tenham desenvolvido a doença no país em 2020

03/02/2021

Mesmo sem os números de 2020 computados pela maioria dos municípios brasileiros, estima-se que o número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tenha caído próximo a 50% no ano passado em comparação com 2019. Os dados da rede privada corroboram com esta tendência.

No Hospital Marcelino Champagnat, por exemplo, o número de mulheres que realizaram o exame reduziu em 58% no mesmo período.

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Hoje, a mamografia é o principal exame para rastreamento para o câncer de mama, doença responsável por muitas mortes no Brasil. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é que 66 mil mulheres tenham desenvolvido a doença no país em 2020.

A ginecologista Renata Hayashi alerta que o retardo das avaliações periódicas pode incorrer em diagnóstico mais tardio do câncer de mama.

“Quando as mulheres deixam de realizar as consultas e exames preventivos, diminuem as chances do diagnóstico precoce e de sobrevida, já que, quando descoberta no início, a doença tem mais chances de cura”, explica a médica.

Assim como a mamografia, outros exames e avaliações preventivas diminuíram desde o início da pandemia. Com receio de contraírem o novo coronavírus, muitas pessoas deixaram de consultar seus médicos.

“Se o paciente passou por consulta recente, é jovem e manteve estilo de vida saudável neste período, tudo bem esperar mais um pouco. Mas se deixou de praticar atividade física, não está se alimentando como deveria e já tem problemas de saúde ou histórico familiar, esperar pode ser um risco desnecessário”, ressalta a cardiologista e coordenadora do serviço de check-up do hospital, Aline Moraes. 

 

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