Política | 11/10/2022 | Atualizado em: 11/10/22 ás 11:06

Olho nas Urnas: Deodoro, uma eleição indireta

Fatos históricos da política brasileira

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Olho nas Urnas: Deodoro, uma eleição indireta

Essa é a 32ª eleição Presidencial do país desde a Proclamação da República, em 1889. O primeiro chefe de Estado que o Brasil teve na era republicana foi Deodoro da Fonseca, em 1889, um marechal do Exército. Foi alçado ao poder depois de liderar o golpe político-militar que derrubou a monarquia brasileira.

 

Deodoro, uma eleição indireta

As primeiras eleições aconteceram em 1891, porém sem a participação popular. Senadores e deputados da Assembleia Constituinte escolheram o marechal Deodoro da Fonseca com 129 votos (55%). Ele era filiado ao Partido Republicano Paulista (PRP). Com a saúde fragilizada, Deodoro renunciou em 23 de novembro de 1891. Seu vice, o marechal Floriano Peixoto seguiu no comando do país até 1894, mesmo tendo por dever constitucional convocar novas eleições.

 

Prudente de Morais (1894)

Foi a primeira eleição com voto da população, prevista na Constituição, ainda que com muitas restrições. O direito era negado a mulheres, analfabetos, mendigos, soldados rasos e religiosos sujeitos a voto de obediência. A eleição era aberta e o voto não era secreto. Prudente de Morais (do Partido Republicano Federal) foi quem conseguiu mais votos: 82,9%. Os mandatos tinham duração de quatro anos e não previam reeleição.

 

Campos Salles (1898)

Com a perda do apoio do Partido Republicano Federal, Prudente de Moraes estava enfraquecido politicamente, apesar do grande apoio popular. O nome de Campos Salles foi indicado pelo presidente. Ex-membro do Partido Liberal na época da monarquia, era membro do Partido Republicano Paulista (PRP). Foi eleito com 91% dos votos.

 

Rodrigues Alves (1902)

Apesar de ter sanado as dívidas do país, Campos Salles acabou prejudicando a indústria e a condição geral de vida da população. Ainda assim, conseguiu eleger um sucessor: Rodrigues Alves (PRP), que foi escolhido com 93% dos votos.

 

Afonso Pena e Nilo Peçanha (1906)

Mantendo uma boa situação econômica e conseguindo melhorar a qualidade de vida, não foi difícil que Rodrigues Alves conseguisse emplacar mais um mandato do PRP. O nome escolhido foi do vice Afonso Pena, do Partido Republicano Mineiro (PRM), que teve 97% dos votos.

 

Hermes da Fonseca (1910)

Em 1909, Afonso Pena morre, e Nilo Peçanha, do Partido Republicano Fluminense (PRF) assume o poder. Para as eleições do ano seguinte, escolhe Hermes da Fonseca, que concorria pelo Partido Republicano Conservador (PRC). Ele foi eleito com 64% dos votos.

 

Wenceslau Braz (1914)

A disputa política entre os partidos de Minas Gerais, São Paulo e outros Estados influenciou diretamente as eleições. O nome do vice-presidente Wenceslau Braz foi proposto como medida conciliatória entre Minas Gerais, São Paulo e os outros Estados. Houve acordo, e Braz foi eleito com 91% dos votos.

 

Rodrigues Alves e Delfim Moreira (1918)

O governo de Wenceslau Braz coincidiu com a 1ª Guerra Mundial, e outras crises internas (a continuação da Guerra do Contestado e Revolta dos Sargentos). Apenas um presidente se candidatou oficialmente ao pleito de 1918: Rodrigues Alves, que levou a maioria dos votos. Porém, Alves não conseguiu nem tomar posse. O eleito foi vítima da Gripe Espanhola, que assolava o país. O vice, Delfim Moreira, ocupou o cargo de forma interina. (Continua…)

 

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