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Olimpíadas: Aos 100 anos, medalhista francês terá chance de carregar tocha em Paris

Charles Coste completa centenário de nascimento nesta quinta-feira (8)

07/02/2024

Olimpíadas: Aos 100 anos, medalhista francês terá chance de carregar tocha em Paris

Foto: Reuters/Divulgação

 

Fonte: CNN Brasil

Charles Coste não ouviu “La Marseillaise” quando subiu ao pódio nos Jogos Olímpicos de 1948 em Londres, mas o mais velho medalhista olímpico vivo da França terá outro momento de destaque quando carregar a tocha nas olimpíadas de Paris 2024. Coste, que completa 100 anos nesta quinta-feira (8), conquistou o ouro olímpico no ciclismo de pista por equipes com Pierre Adam, Serge Blusson e Fernand Decanali.

 

Ele também conquistou o Grande Prêmio das Nações de 1949, um contrarrelógio de 140 quilômetros no qual derrotou o italiano Fausto Coppi, campeão do Tour de France e do Giro d’Italia. O ouro de Coste está emoldurado juntamente com os outros, nomeadamente uma medalha que recebeu do presidente da época Vincent Auriol, num quarto do seu apartamento nos subúrbios da cidade de Paris.

 

“Foi uma grande honra receber a medalha do presidente Auriol, mas a mais valiosa é a medalha olímpica”, afirmou Coste à Reuters. Coste, que nasceu em 1924, a última vez que Paris sediou os Jogos Olímpicos de Verão, precisa de um andador para se movimentar, mas a memória dele está fresca. “Era um pódio pequeno. Eles nos deram a medalha numa caixa, não colocaram no pescoço na hora”, declarou.

 

“Então esperamos e depois de um tempo eles nos disseram: ‘Vocês não vão ouvir La Marseillaise, não conseguimos encontrar o disco.’ Nosso objetivo, porém, era conquistar a medalha de ouro”, contou. “Foi uma história de amizade entre pessoas, minha mãe me contou que, quando eu tinha 12 anos, eu dizia que seria general ou campeão olímpico. Eu era o mais feliz dos pilotos naquele momento”, ressaltou.

 

Os Jogos, para Coste e outros, foram uma pausa encantadora em uma época em que “ainda tínhamos vales de racionamento alimentar” após a Segunda Guerra Mundial. “Naquela época, não havia TV, nosso único objetivo era conquistar a medalha de ouro. Éramos uma boa equipe de camaradas e representávamos um país que acabava de sair de cinco anos de ocupação (alemã)”, relembrou. Coste deveria ter recebido a Legião de Honra, a mais alta honraria na França, mas um descuido fez com que só a recebesse há dois anos.

 

Ele também deverá carregar a tocha olímpica, embora pareça apreensivo com isso. “Estou com dor no joelho”, comentou. “Eu vou tentar fazer isso, é uma grande honra. Antigamente, não havia tantos repórteres vindo até mim, é um belo presente de aniversário. Queria celebrar o meu 100º aniversário em paz, mas isso não está a acontecer”, acrescentou, referindo-se à celebração planejada pela Câmara Municipal de Bois-Colombes para quinta-feira (8).

 

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Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.

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