| 12/12/2022 | Atualizado em: 12/12/22 ás 13:49

‘Orgulho em servir minha cidade’: bombeira de Santo Amaro conta sobre trabalhos na enchente

Maria Elisa é natural de Santo Amaro da Imperatriz e precisou ser forte, já que, por ser uma cidade pequena, conhecia quase todo mundo

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‘Orgulho em servir minha cidade’: bombeira de Santo Amaro conta sobre trabalhos na enchente

Dezembro tinha tudo para começar como de costume, embalado pelo ritmo feliz das festas de fim de ano e as celebrações em família. Só que o dia 30 de novembro mostrou que, neste ano de 2022, seria diferente, pelo menos em Santo Amaro da Imperatriz.

A semana já era de chuva sem tréguas, mas o alerta de enchente que foi avisado através do sino da cidade que badalou no fim da tarde para que os moradores se preparassem, confirmava o que estava por vir. Muitos duvidaram, outros até se organizaram colocando o que tinha de mais importante para o alto, não tanto quanto deveria, pois a verdade é que ninguém acreditou que seria desta forma.

Naquela quarta-feira, a bombeira Maria Elisa Esser Kloppel buscou o filho na escola e a sogra foi até a casa dela para ficar com o neto. Ela se fardou e foi para uma daquelas missões que é preciso coragem e foco.

Maria Elisa ao lado do marido, que também é bombeiro, e o filho – Foto: Arquivo Pessoal/Cedido/ND
Maria Elisa ao lado do marido, que também é bombeiro, e o filho – Foto: Arquivo Pessoal/Cedido/ND

Na virada para quinta-feira o pesadelo que já dura mais de uma semana começava. A cidade já estava sem luz, sem telefone e completamente embaixo da água. “Por volta da 1h retiramos de bote o meu sogro com água no pescoço. Aquilo foi muito impactante. Uma ocorrência emocionante”.

Maria Elisa é natural de Santo Amaro e precisou ser forte, já que, por ser uma cidade pequena, conhecia quase todo mundo. Além disso, o cenário onde antes tinha memórias das brincadeiras de criança, dos bons momentos que viveu com a mãe, que é artesã, e o pai, comerciante, e onde construiu a sua família, já não era mais o mesmo.

“Foi cansativo físico e psicologicamente ajudar ao próximo, sabendo que os ‘meus’ também estavam em necessidade. Passar a cidade e ver que minha família e meus amigos também perderam tudo. Não ter acesso ou comunicação com minha casa, sem ter certeza que todos estavam bem. Foi muito triste ver minha cidade natal ruir em poucas horas”, afirma a bombeira.

Equipe de resgante durante a enchente em Santo Amaro da Imperatriz – Foto: Arquivo Pessoal/Cedido/ND
Equipe de resgante durante a enchente em Santo Amaro da Imperatriz – Foto: Arquivo Pessoal/Cedido/ND

Quase como uma piada ácida do destino, Maria Elisa decidiu ser bombeira em um momento como esse, em 1998, quando viu os bombeiros resgatando as pessoas com um bote. “De lá para cá a vida me guiou para essa profissão e nesses últimos dias tive o orgulho de servir em ajuda a minha cidade”.

Conteúdo  publicado primeiramente por ND+

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