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Período de estiagem deve seguir até agosto em Jaraguá do Sul

A população deve se conscientizar e não desperdiçar água. 

28/05/2020

Apesar dos investimentos feitos no sistema de abastecimento de água de Jaraguá do Sul, a ordem do dia é economizar, evitando ao máximo o desperdício deste importante recurso hídrico.

Isto porque a estiagem que atinge a Região do Sul do Brasil deve se estender até meados de agosto. Pelo menos, essa é a tendência climática apresentada pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Ciram).

De acordo com o sistema meteorológico, a tendência é que ocorram períodos esparsos de chuva com predomínio do tempo seco e ensolarado na maior parte dos dias. Um destes breves períodos, segundo a Epagri/Ciram, deve ocorrer na próxima segunda-feira, 1º de junho.

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A previsão é de tempo instável com chuva e trovoada em todas as regiões do Estado, devido ao deslocamento da frente fria. Porém no fim do dia, o tempo melhora a partir do oeste e sul do Estado com o avanço de uma massa de ar frio e seco.

Para a meteorologista do órgão, Gilvânia Cruz, outros pontuais de chuva devem ocorrer entre os dias 5 e 10 do próximo mês quando um sistema de baixa pressão irá se formar próximo ao litoral catarinense e do Paraná devido a uma nova frente fria que chegará a Região Sul do Brasil.

“Mas atenção: a estiagem deve persistir e recomenda-se o uso consciente da água em Santa Catarina”, alerta. “Isto porque o maior volume de chuvas deve se concentrar no Oeste e Meio Oeste neste período.”

Dados apresentados por Gilvânia Cruz também apontam que nos três próximos meses a chuva continuará mal distribuída e irregular no Estado, sobretudo em julho e agosto, permanecendo a condição de eventos de chuva com valores mais elevados em determinadas localidades, enquanto outras, da mesma região, terão um volume bem menor.

Risco de desabastecimento? 

Em se tratando de Jaraguá do Sul, a diretora presidente do Samae, Evânia Duarte Liebl, informa que, por enquanto, não há risco de desabastecimento de água no município devido à estiagem, principalmente por conta dos investimentos que a autarquia da Prefeitura fez nos últimos anos para melhorar os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água.

Somente no ano passado e em 2020, são mais de R$ 23 milhões investidos, por meio do Plano de Ampliação de Saneamento, em obras que contemplam ampliação e substituições de redes, construção de reservatórios, estações de recalque e outras medidas relacionadas ao controle de perdas.

Antes disso, em 2018, o Samae colocou em operação uma das mais modernas estações de tratamento de água de Santa Catarina. A ETA Central possui capacidade para tratar até mil litros de água por segundo.

Atualmente, trata água para cerca de 78% do município e foi projetada para atender a demanda pelos próximos 30 anos, pelo menos.

Além disso, a ETA Sul, no Garibaldi, encontra-se numa bacia hidrográfica que garante água para captação e tratamento mesmo em períodos críticos como este vivido no Estado.

“Logicamente, sempre recomendamos que a população evite o desperdício de água, seja economizando na hora de tomar banho, evitar lavação de veículos e calçadas, enfim, nas atividades cotidianas”, orienta a presidente.

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