Jaraguá do Sul | 23/07/2024 | Atualizado em: 22/07/24 ás 17:30

Pesquisa mostra que 6,9% das áreas urbanas são cobertas por vegetação

Pesquisa inédita do MapBiomas mostra que 6,9% das áreas urbanas no Brasil são cobertas por vegetação

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Pesquisa mostra que 6,9% das áreas urbanas são cobertas por vegetação

Uma pesquisa inédita do MapBiomas, divulgada na semana passada, mostra que 6,9% das áreas urbanas no Brasil são cobertas por vegetação. Isso corresponde a 283,7 mil hectares.  Desse total, 61,5%, ou 174.599 hectares, estão na Mata Atlântica. Aproximadamente um em cada cinco hectares (22%) estão no Cerrado, onde foram identificados 62.533 hectares de vegetação. Os 16,5% restantes estão divididos entre a Amazônia (18.605 hectares, ou 6,6% do total), Caatinga (16.139 hectares – 5,7%), Pampa (11.228 hectares – 4%) e Pantanal (587 hectares – 0,2%).

 

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Na Mata Atlântica, o município com maior área de vegetação é o Rio de Janeiro, com 12.378 hectares – mais que o dobro de Brasília, a cidade com maior área urbana de vegetação no bioma Cerrado (6.125 hectares). Na Amazônia, a liderança fica com Manaus (2.818 hectares). Com 1.940 hectares de vegetação, Canoas é a cidade com maior área urbana de vegetação no Pampa. Na Caatinga, esse título fica com Fortaleza (1.063 hectares) e, no Pantanal, com Corumbá (253 hectares).

 

pesquisa

“Os dados sobre vegetação urbana têm potencial de contribuir com o planejamento e gestão urbana sustentável, permitindo a integração eficaz da vegetação como parte essencial do tecido urbano”, destaca Júlio Pedrassoli, da equipe de mapeamento de áreas urbanas do MapBiomas.

 

Para chegar a estes resultados, os pesquisadores utilizaram dados da Coleção Beta MapBiomas 10m, com imagens dos satélites Sentinel de resolução espacial de 10m, que foram complementados com informações detalhadas de praças e outros espaços verdes urbanos mapeados disponíveis no Open Street Map. Desta forma, foi possível quantificar a vegetação urbana por município, estado e por bioma, identificando não apenas praças e grandes maciços de vegetação dentro das áreas urbanizadas, mas também a vegetação peri-urbana, ao redor das cidades.

 

Esta última é 10 vezes maior que a vegetação urbana: 2.632.779 hectares em todo o Brasil. Mais uma vez, a liderança é da Mata Atlântica, com 1.083.427 hectares, seguida pelo Cerrado (528.688 hectares), Amazônia (456.844 hectares), Caatinga (376.983 hectares), Pampa (177.472 hectares) e Pantanal (9.366 hectares).

 

Mais da metade das áreas estão dentro do bioma da mata atlântica

 

Como todos os municípios brasileiros possuem ao menos uma praça mapeada, os pesquisadores também mensuraram a extensão que elas ocupam nos perímetros urbanos.  Mais da metade (55,7%) das áreas de praças no Brasil ficam em cidades localizadas no bioma da Mata Atlântica. Quase um quarto (23%) fica no Cerrado. Os demais biomas respondem por menos de 10% cada um: 8,5%, no caso da Amazônia, 7,6%, na Caatinga, 5,1% no Pampa e 0,1% no Pantanal.

 

Os espaços verdes urbanos e peri-urbanos têm recebido um interesse crescente porque são oficialmente reconhecidos como provedores de serviços ecossistêmicos que podem ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – especialmente o ODS 11, que visa tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

 

A importância desses serviços foi reconhecida em recente lei que institui o Programa Cidades Verdes e Resilientes do Governo federal. Na nota técnica, os pesquisadores do MapBiomas explicam que a vegetação urbana regula o microclima, contribui para os sistemas de drenagem e fornece habitat para a fauna urbana. Além disso, a vegetação também é um importante fator no bem-estar humano, proporcionando espaços verdes para lazer e prática de atividades físicas.

 

A vegetação urbana abrange espécies de vegetação herbácea, arbustiva e de árvores de pequeno, médio e grande porte, as quais podem estar localizadas em parques e praças, Unidades de Conservação como Áreas de Preservação Permanente (APP), cemitérios, campos esportivos, além de áreas abandonadas. Porém, em todo o país, prevalece a vegetação herbácea ou de pequeno porte, que varia entre 51% e 67% do total.

 

 

Cidade tem Código de Arborização mas precisa melhorar o aspecto urbano

 

 

Desde outubro de 2020, Jaraguá do Sul conta com a Lei 8.459, que institui o Código de Arborização Urbana de Jaraguá do Sul, sancionada pelo prefeito em exercício, Udo Wagner. A legislação disciplina a proteção das árvores, seus aspectos ecológicos, estéticos e sociais, e, ainda, estabelece os critérios e padrões relativos à arborização urbana nos logradouros e praças públicas, sendo um instrumento de planejamento para a implantação da política de plantio, preservação, manejo e expansão desta no Município de Jaraguá do Sul.

 

A coordenação e execução do Código de Arborização Urbana de Jaraguá do Sul está ao encargo da Secretaria de Obras e Serviços Públicos. Ela proíbe que sejam plantados eucalipto, guapuruvu, figueiras em geral, flamboyant, paineiras, pinus, tulipa africana, jambolão, uva do Japão, champaca e palmáceas.

 

Muito embora tenha uma legislação específica, a cidade precisa melhorar a sua arborização em áreas públicas, porque tem um aspecto rudimentar. Percebe-se imensos vazios, seja em áreas novas de passeios, seja na substituição de árvores mortas naturalmente, ou atingidas em acidentes.
Muitos passeios não têm a própria espera para plantio.

 

 

Santa Catarina foi o Estado que mais diminuiu o desmatamento do bioma

De acordo com o Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e pelo Sistema de Alertas de Desmatamento Mata Atlântica, feitos por meio de uma parceria entre a SOS Mata Atlântica e o MapBiomas, o desmatamento do bioma em Santa Catarina apresentou queda de 86%, percentual mais expressivo do que o registrado em todo o Brasil que foi de 27%.

 

Segundo a pesquisa, Santa Catarina foi o estado que mais reduziu o desmatamento da Mata Atlântica entre 2022 e 2023, seguido pelo estado do Paraná com 78% e Minas Gerais com 57%.

 

 

Para a presidente do IMA, Sheila Meirelles, os bons números conquistados no estado estão diretamente ligados à intensificação das fiscalizações e no investimento estratégico em tecnologias de alto padrão como o Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento, desenvolvido pelos técnicos do Instituto para auxiliar no serviço de fiscalização.

 

“O fato de a fiscalização estar mais efetiva em Santa Catarina contribui para esse resultado expressivo em relação a preservação da Mata Atlântica em nosso território, e o SIMAD, um dos programas mais inovadores do país, tem contribuído por intermédio dos seus alertas para que o serviço de fiscalização possa combater de forma efetiva os crimes de desmatamento ilegal no estado”, enfatiza Sheila.

 

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