Continua a pesquisa para atestar a eficácia do Controlador Bioativo do Maruim
Pesquisa para atestar a eficácia do Controlador Bioativo do Maruim continua
O Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali), firmou em março parceria com a Furb – Universidade Regional de Blumenau, para levantar a eficácia do Controlador Bioativo do Maurim (CBM), desenvolvido desde 2018. A contratação do laboratório da Furb foi com dispensa de licitação, pela necessidade de o Consórcio contar com serviços especializados de pesquisa técnico-científica para a realização contínua de testes de eficiência em um produto natural crucial para o Controlador Bioativo de Maruim (CBM).
A natureza complexa dos testes exige a expertise de uma equipe altamente qualificada e experiente, capaz de garantir resultados confiáveis e precisos. A realização de testes regulares de eficiência é fundamental para garantir a efetividade do CBM, assegurando que o produto atenda aos padrões de desempenho.

O teste de eficiência do CBM está na fase de estudos laboratoriais, onde são coletados materiais em campo e levado para o laboratório para realizar a aplicação do CBM e então avaliar a eficiência. As coletas de campo foram realizadas nos dias 20 e 21 de junho.
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Essa etapa em laboratório deve estar finalizada em agosto e posteriormente a pesquisa será feita em campo. O produto biológico utilizado atualmente no controle, continua a ser fabricado.
De acordo com o diretor-executivo do Cigamvali, Ronnie Leonel Lux, a produção que era feita em dependências da Secretaria de Obras, na Barra do Rio Cerro, hoje está na antiga usina de leite, no Ribeirão Cacilda, no Garibaldi. São cerca de 2,6 mil litros mensais, mas a meta é dobrar a produção e posteriormente chegar a 10 mil litros ao mês. Isso, em 2025.

O passo seguinte, já com os resultados da eficácia do controlador pelo laboratório da Furb, a ideia é produzir em escala industrial, para venda a outros municípios não consorciados, que sentem o mesmo problema da proliferação a mosca maruim.
Comprovação da eficiência vai possibilitar aumento da produção do CBM
O laudo da Furb, que exigirá amplo trabalho de campo, vai dar a efetiva comprovação da eficácia, por ser um laboratório acreditado. Com o relatório definitivo, a Amvali, por meio do Consórcio, que detém a fórmula do CBM, vai avaliar a necessidade ou não de ajuste e ampliar a produção.
O produto biológico, que não agride o meio ambiente, age no desenvolvimento da larva para que nasçam menos maruins. O material precisa ser aplicado quinzenalmente. “Não pode ter uma interrupção porque a larva pode durar até um ano, fica em hibernação. É realmente um trabalho de continuidade”, reforçou o diretor-executivo Ronnie Lux.

O maruim se desenvolve em material orgânico, como nas cepas da bananeira e palmácea e, em esterqueiras, por exemplo. O controle biológico e de natalidade do maruim é uma luta de anos. A expectativa não é exterminar totalmente a mosca hematófaga, mas reduzir o excesso, haja vista que é uma das maiores preocupações na área rural.
Está atingindo também as áreas urbanas. Maruins são moscas culicoides que necessitam de sangue quente para poderem ovular. Seu tamanho vai de 1 a 3 milímetros. Existem mais de 1,4 mil espécies no gênero e são encontrados em praticamente todos os continentes.
VISITAS – Não existe um produto para o controle efetivo do maruim, exceto o CBM desenvolvido pela Amvali/Cigamvali, pioneiro no mundo. Ele é um composto bioquimicamente estável e não causa impacto em outras espécies, não agredindo animais ou plantas. Sua letalidade é exclusiva no maruim.
A existência do produto na região, segundo o diretor-executivo do Cigamvali, Ronnie Lux, tem provocado a procura de outras regiões do país. Na semana passada veio uma comitiva do Vale do Ribeira, uma das regiões de São Paulo que mais produz bananas, onde a proliferação também é muito elevada.
Estado lança editais para pesquisa
O Governo do Estado anunciou na quarta-feira (3), o aporte de R$ 12 milhões em recursos para apoio a projetos de pesquisa e de inovação ligados ao controle da superpopulação da mosca maruim, e de pesquisa relacionada ao combate ao Aedes aegypti. O apoio se dará por meio de três editais que foram lançados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), na manhã de ontem.
O fomento será destinado a projetos apresentados por pesquisadores vinculados a Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) públicas e privadas sem fins lucrativos, e por empresas sediadas em Santa Catarina.
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