Brasil

Pesquisa revela: 62% das internautas já tiveram gravidez não planejada

Planejamento familiar, conhecimento e acesso a métodos contraceptivos modernos são fundamentais para garantir a independência e dignidade das mulheres

15/01/2022

Planejamento familiar, conhecimento e acesso a métodos contraceptivos modernos são fundamentais para garantir a independência e dignidade das mulheres. Como reflexo de um cenário ainda longe do ideal, o índice de gravidez não planejada no Brasil continua alto e alarmante: a recente pesquisa realizada pela Bayer, em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e conduzida pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) em agosto e setembro de 2021, revelou que 62% das mulheres internautas (isto é, quase 2/3) já tiveram pelo menos uma gravidez não planejada.

Em comparação com estudo anterior, realizado em 2011 e 2021, é possível ver um aumento em relação à taxa que, antes, era de 55%. Ambas estão acima da média mundial, de 40%. Os dados apontam, ainda, que 48% das mulheres que tiveram alguma gravidez não planejada engravidaram pela primeira vez entre os 19 e 25 anos de idade.

“A gente fala muito sobre a importância do planejamento familiar, que vale tanto para a mulher, quanto para o homem. Uma gravidez não planejada, claro, não significa necessariamente que o filho não seja desejado — muito pelo contrário. Mas, precisamos garantir que as mulheres possam decidir quando e com quem elas querem ter filhos. A maternidade tem impacto na vida pessoal, financeira e profissional. Entre as jovens, inclusive, também pode afetar os estudos”, explica a Dra. Thais Ushikusa, ginecologista, obstetra e Gerente Médica de Saúde Feminina na Bayer Brasil.

Conhecimento: palavra-chave para evitar gravidez indesejada

Saber quais são, como funcionam e como devem ser utilizados os métodos contraceptivos disponíveis é fundamental. Isso porque os principais motivos apontados que levaram as mulheres a uma gravidez não planejada são não fazer uso de método (34%), falha do método (27%) e o uso de maneira errada (20%). Além disso, apesar de 54% das mulheres não utilizarem métodos contraceptivos quando engravidaram sem planejar, hoje, 65% destas mulheres que tiveram alguma gravidez não planejada concordam que se tivessem mais conhecimento sobre contraceptivos na época, poderiam ter evitado a gravidez.

Entre os métodos contraceptivos mais comumente usados, como camisinha e pílula anticoncepcional, nenhum tem índices de falha tão altos. A pílula e a camisinha masculina, por exemplo, têm 93% e 82% de eficácia, respectivamente. Isso, claro, desde que utilizados de forma correta. O que os dados revelam, então, é um possível desconhecimento.

A pílula anticoncepcional deve ser tomada diariamente, sempre no mesmo horário. Alterar a regularidade reduz sua eficácia. Já a camisinha precisa ser colocada de forma correta, apenas uma (para evitar rompimento), não pode ser colocada muito tarde e precisa ser retirada logo após a relação. É importante frisar que todo método, quando utilizado de forma incorreta, aumenta os riscos de gravidez.

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