Segurança

Polícia Civil prende 14 pessoas suspeitas de participarem do assalto a banco em Criciúma

Os criminosos estariam monitorando a região próxima à agência bancária de um apartamento na área central da cidade

10/12/2020

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Integrantes das forças de segurança estaduais e federais e o governador Carlos Moisés participaram nesta quinta-feira (09) de uma entrevista coletiva, em Criciúma, no Sul do Estado, para atualização das investigações do roubo ao Banco do Brasil. Até agora, 14 pessoas suspeitas de envolvimento foram presas. Os criminosos estariam monitorando a região próxima à agência bancária de um apartamento na área central da cidade.

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O governador Carlos Moisés reafirmou que o fato não combina com a realidade da segurança pública em Santa Catarina e que as forças de segurança seguem empenhadas no trabalho de investigação.

Na abertura da coletiva, o governador também manifestou solidariedade aos familiares e ao policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, que foi baleado na ação criminosa e continua internado em estado grave.

“As forças de segurança e as instituições irmãs estão unidas e empenhadas em força máxima para elucidar este crime que não combina com a situação de segurança de Santa Catarina. Quero enaltecer o trabalho de homens e mulheres que estão se dedicando nesta missão”, frisou Moisés.

Atualizações

Das novidades mais recentes da investigação, o Delegado da Polícia Civil Anselmo Cruz, da delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), que conduz a investigação, revelou o cumprimento de mandado de busca e apreensão no Estado do Ceará e a informação de que criminosos poderiam estar ocupando um apartamento na área central de Criciúma, há meses, de onde faziam o monitoramento da região próximo à agência bancária alvo da ação da quadrilha.

Depois do trabalho de mobilização integrada das forças de segurança e a prisão de 14 pessoas, a investigação entra agora numa etapa minuciosa para reunir e apurar informações e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos.

“É como montar um grande quebra-cabeças, temos algumas peças que nos levarão a outras peças e assim, sucessivamente, até que a montagem esteja concluída.

Esse trabalho, muitas vezes tem que ser até sigiloso para não atrapalhar o andamento das investigações”, explicou o Delegado Anselmo Cruz.

O Delegado Anselmo diz ainda que o trabalho integrado das forças de segurança estaduais e federais tem sido exemplar e produtivo.

“A união de esforços em capacidade máxima operacional e de inteligência foi extraordinária e vai continuar. Tudo o que for produzido estará no inquérito policial que vai apontar a autoria de todos os criminosos envolvidos na ação violenta ocorrida em Criciúma”, reitera.

“Trabalho firme e integrado”, destaca Delegado Geral

O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial de SC e Delegado Geral da Polícia Civil de SC, Paulo Koerich, reforçou que “Santa Catarina não tolera ações criminosas como a ocorrida em Criciúma, que o trabalho seguirá firme, integrado, até que sejam apresentadas as respostas que a sociedade espera”.

O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel PM Dionei Tonet, afirma que, num primeiro momento, a PM atuou focada na preservação da vida.

“Depois, fizemos o aporte de efetivo, material e equipamentos na região Sul, onde iniciamos um trabalho de inteligência e prevenção, garantindo que a comunidade não fosse afetada por nenhuma outra lesão. Cuidamos das pessoas e levamos informações centralizadas, reforçando o trabalho integrado com outros órgãos”, frisou Tonet.

Instituto Geral de Perícias (IGP)

O perito-geral chefe do IGP de Santa Catarina, Giovani Adriano, destaca a agilidade do trabalho na cena do crime, imediatamente após a ocorrência.

“Na madrugada, já havíamos conseguido uma força-tarefa trabalhando na cena do crime. Isso é muito importante para preservar os vestígios. Conseguimos coletar muito material, que já está sendo trabalhado em nossos laboratórios e muitos são transformados em indícios que dão convicção ao trabalho policial na identificação dos criminosos.

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A ação criminosa

Por volta das 23h50 do dia 30 de novembro, criminosos com armas pesadas, munições de diferentes calibres, explosivos e coletes balísticos assaltaram uma agência bancária de Criciúma e efetuaram diversos disparos na área central e no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

A ação criminosa resultou em uma pessoa ferida, o policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, que continua internado em estado grave.

No dia do roubo à agência bancária, quatro pessoas chegaram a ser presas quando recolhiam cédulas que ficaram espalhadas pelo chão próximo à  agência bancária que foi alvo de explosões provocadas pelos bandidos.

Com eles, a polícia apreendeu cerca de R$ 810 mil em dinheiro. O montante levado pelos bandidos está estimado em R$ 80 milhões. 

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