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Procissão das tochas é nesta quarta-feira no 2º Braço do Norte em Massaranduba

O evento atrai moradores de várias comunidades, como também de outras cidades, em especial descendentes de italianos

05/01/2022

Uma antiga tradição trazida pelos imigrantes italianos que vieram para a Colônia Luiz Alves, da região do Vêneto, será revivida na quarta-feira, 5 de janeiro, no 2º Braço do Norte. É o “pavarui pavarelli”, expressão que é bradada durante a procissão das tochas (sfrazel) feitas com lenha ou taquara, organizada pela comunidade da centenária capela Nossa Senhora da Saúde, sendo ao final depositadas na fogueira, ao lado do cemitério, com as bênçãos do sacerdote celebrante.

Há um ano a comunidade do 2º Braço perdia um dos organizadores do “pavarui pavarelli”, Orlando João Ronchi, e três meses antes, outra liderança do movimento religioso e cultural, Hermínia Ronchi, também faleceu. O evento deste ano terá saída da propriedade de Valdecir Ranghetti. A procissão seguirá até a capela com as tochas acesas, ao cair da noite. Às 20h será celebrada a missa, com representação dos Reis Magos e da Sagrada Família.

Conta a tradição que a procissão das tochas é para iluminar o caminho dos Reis Magos para visitar o Menino Jesus, Maria e José. E também saudar o novo ano. Não existe um significado literal do “pavarui pavarelli”, mas no 2º Braço a tradição foi resgatada há alguns anos e tem se mantido, sempre na véspera da Epifania.

O evento atrai moradores de várias comunidades, como também de outras cidades, em especial descendentes de italianos. Na Itália, na Chiesetta Madonna della Salute, em Falcade, nas montanhas dolomitas, a celebração também acontece, mas de modo diferente. São acesas pequenas fogueiras ao longo do percurso. Lá, nessa época, tem muita neve.

Isso acontecia também na região alta da Colônia Luiz Alves, décadas atrás, em diferentes comunidades habitadas por imigrantes e descendentes. Muitas famílias subiam nos morros, geralmente em pastos e acendiam fogueiras e ecoavam o “pavarui pavarelli” como uma espécie de “provocação”, como contava Carolina Rosa Luchetta Brugnago, mãe do editor do JDV, que morava no Braço Direito, Comunidade São José.

Trata-se de um acontecimento singular na região, simples, bonito que fortalece a religiosidade e a cultura italiana. É aberto a todos os interessados.

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