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Projeto do contorno ferroviário de Joinville terá de ser revisto

No entanto, não há previsão orçamentária para 2021.

03/12/2020

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Contorno ferroviário

Ainda sobre declarações do ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, em reunião online com empresários de Joinville sobre obras federais no Norte catarinense na segunda-feira (30).

O projeto do contorno ferroviário daquele município, paralisado desde junho de 2011 por conta de problemas com aterros sobre solos moles na bacia do Rio Piraí e região do Bairro Itinga, terá de ser revisto. Porém, não há previsão orçamentária para 2021.

Segundo Freitas, a obra, com 17,9 quilômetros de extensão implica em investimentos de R$ 450 milhões e o governo não tem esse dinheiro.

Sem previsão

Por isso mesmo, não há qualquer previsão sobre quando sairá do papel.

O ministro adiantou que ontem (2) haveria uma reunião em Brasília do conselho que discute políticas do Programa de Parcerias de Investimentos, com indicação para que a obra fique a cargo da concessionária Rumo/ALL, que opera o ramal Sul. A ser incorporada quando for feita a prorrogação do atual contrato.

Mas, se o governo for esperar o fim do atual contrato, renovado por 30 anos em 2019, nada teremos nas próximas três décadas.

Aqui também

Mas, o contorno do atual traçado começa em São Francisco do Sul, onde a obra também foi paralisada há muitos anos, atravessa Araquari, Joinville, Jaraguá do Sul e Corupá.

Em Jaraguá do Sul, o projeto saiu do papel no governo de Irineu Pasold, porém embargado por suspeitas do Tribunal de Contas da União de superfaturamento (o que jamais ficou provado).

O ministro não citou os outros municípios da região onde o problema de mobilidade urbana também se agrava por conta da passagem dos trens de carga. E nem lhe foi perguntado. Aliás, perguntar não ofende: por que nenhum deputado ou senador de SC tem se interessado?

Licitação 1

A exemplo do procedimento feito em Jaraguá do Sul para contratar assessores que vão trabalhar com os eleitos na Câmara de Vereadores, em Joinville o prefeito eleito do Novo, Adriano Silva, já autorizou o processo de licitação para contratar secretários municipais, diretores e coordenadores.

Com salários que variam de R$ 6,2 mil a R$ 12,7 mil, mesmo valores pagos atualmente naquela prefeitura.

Licitação 2

Por nomeação direta do prefeito eleito, que está em isolamento por ter contraído o vírus da Covid-19, num primeiro momento são cerca de 105 cargos de confiança dos mais de 500 existentes.

Mas, com a (vasta) qualificação técnica exigida, provas escritas e conhecimentos específicos, não será fácil encontrar profissionais habilitados com os salários oferecidos. Exceto desempregados.

Faça o que digo…

Muitos prefeitos eleitos e reeleitos têm sido “conselheiros” sobre os cuidados que as pessoas devem ter com o vírus da Covid-19. Mas, de vez em quando, se declararam contaminados.

Por exemplo, Mário Hildebrandt (Podemos) de Blumenau e Adriano Silva (Novo) de Joinville. E o atual, Udo Döhler (MDB), Gean Loureiro (DEM) em Florianópolis, Clésio Salvaro (PSDB) em Criciúma e por aí vai.

Ora, que credibilidade podem ter? Nenhuma, né?

Projeto da juíza Sônia Moroso

A juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres, que já foi titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Guaramirim, onde fundou (com pessoas da comunidade) o Lar da Criança Marcos Valdir Moroso, instituição habilitada a acolher crianças e adolescentes de Guaramirim, Massaranduba e Schroeder, é autora de projeto que já tem mais de 80 mil assinaturas.

Defendendo que criminosos não só cumpram a pena estabelecida, mas que também indenizem suas vítimas, ou as famílias.

A proposta está no Congresso Nacional e no Ministério dos Direitos Humanos.

Moroso também participou da Comissão que elaborou o anteprojeto alterando o Estatuto da Criança e do Adolescente. E que culminou com a edição da Lei nº 12.010, de 2009- a Lei Nacional da Adoção vigente.

Saindo do MDB

Senador Dário Berger vai anunciar sua saída do MDB, para onde foi levado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira e contra, diga-se, a vontade de outras lideranças emedebistas.

Berger, figura solitária no partido do qual perdeu a presidência estadual, vai para o PL do senador Jorginho Mello. E ambos já articulando a eleição majoritária de 2022: Melo para governador e Berger, com apoio do colega, na reeleição para senador.

Conversas

Na outra ponta deste negócio, que no Brasil já virou profissão, despontam as deputadas Ana Paula da Silva (a Paulinha/PDT), ex-prefeita de Bombinhas, e Carmem Zanotto (Podemos), que perdeu a eleição para a prefeitura de Lages por diferença de 56 votos.

Zanotto, que já recusou convite do governador Carlos Moisés para assumir a secretaria estadual da Saúde, pensa em uma chapa majoritária ao governo do estado. No que a colega pode ajudar. E muito!

 

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