Tanto faz | 18/04/2025 | Atualizado em: 18/04/25 ás 16:07

Quando a WEG virou Indiana Jones da logística e desafiou a seca da Amazônia (com 635 toneladas nas costas)

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Quando a WEG virou Indiana Jones da logística e desafiou a seca da Amazônia (com 635 toneladas nas costas)

A WEG resolveu brincar de “missão impossível” e levou três transformadores gigantes até o meio da floresta amazônica — e em plena seca, tá? Foram 635 toneladas saindo de Betim (MG) até Silves (AM), cruzando estradas, portos e rios no modo “nível crítico”. Tudo cronometrado no milímetro. Literalmente. Missão? Entregar o coração energético de um projeto de R$ 5,8 bilhões. Resultado? Um case logístico de dar orgulho (e calafrios).

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Missão quase impossível: transportar um equipamento de 635 toneladas na seca da Amazônia

Imagina isso:

📦 3 transformadores com até 9,65 metros de comprimento e 5 metros de altura

🚛 94 volumes de acessórios

🛻 24 caminhões

⚖️ Peso total: 635 toneladas

Agora coloca tudo isso num roteiro digno de reality show logístico: floresta amazônica, rios no osso da água e uma estação seca que não perdoa. Ah, e o destino? Silves (AM), que não tem estrada: só chega de barco.

Não era só uma entrega. Era uma operação cirúrgica: errar uma curva, encalhar num banco de areia ou bater meia hora fora do cronograma podia travar tudo por semanas.

3 fases, zero margem pra erro: como a WEG planejou a operação mais ousada do ano

Etapa 1: Estrada – Betim (MG) até o Porto de Itaguaí (RJ)

Tudo começou em Betim, de onde os transformadores e os 94 volumes de acessórios partiram em uma caravana de 24 caminhões. A carga gigante percorreu estradas até o Porto de Itaguaí (RJ), onde foi armazenada e consolidada com aquele cuidado que só engenheiro meticuloso entende.

Etapa 2: Mar – Navegação até o Porto de Outeiro (Belém, PA)

Do Rio, tudo seguiu de navio até o Porto de Outeiro, em Belém (PA). Só que essa etapa tinha um detalhe crítico: o prazo. A janela de navegabilidade do trecho seguinte era apertada — qualquer atraso aqui poderia comprometer a última perna da viagem (e ninguém quer virar meme de balsa encalhada no X).

Etapa 3: Rio – A travessia amazônica no modo “vela romântica”

A fase final foi o ápice do drama logístico: transportar tudo de Belém até Silves por via fluvial. Em plena estiagem amazônica. A equipe monitorava em tempo real os níveis do rio, esperando a hora exata em que a profundidade daria conta do peso e do calado da balsa. Um erro de cálculo e… adeus, cronograma.

O trajeto exigiu um plano milimetricamente desenhado, respeitando tanto a natureza da carga quanto a da floresta. Nada de sair passando trator: a logística aqui foi sensível, precisa e integrada até o osso.

Foto: Maersk/Divulgação

Engenharia + Logística = Entrega de milhões (literalmente)

Aqui não foi só força bruta, não. A operação uniu a expertise da WEG com a engenharia estratégica da Maersk Project Logistics, criando um plano multimodal que orquestrou modais como quem conduz orquestra sinfônica. Tudo para garantir a integridade dos transformadores e não travar um projeto bilionário por causa de um palmo d’água.

Azulão no radar: por que essa entrega era tão importante?

Essa missão logística abasteceu o projeto energético Azulão, no Amazonas — um investimento de R$ 5,8 bilhões com potencial para gerar 950 MW de energia.

Na prática? É parte essencial da infraestrutura elétrica do Norte do Brasil.

Se a carga não chegasse ou tivesse danos?

  • Cronograma quebrado
  • Multas pesadas
  • Um problemão nacional

Por isso, o nível de detalhamento beirava a obsessão (no bom sentido).

Foto: Maersk/Divulgação

De Jaraguá do Sul para o Brasil (e pro meio da selva)

Mais uma vez, a WEG mostrou que não existe “lugar longe demais” quando se tem competência técnica e visão de futuro. Enquanto uns desistem diante da Amazônia, ela vê um desafio a ser vencido — com inovação, planejamento e muito, mas muito suor.

📌 Como isso impacta sua vida?

Se você é de Jaraguá do Sul (ou simplesmente se liga em boa engenharia), saiba: essa entrega não é só mais um job bem-feito. É emprego, renda, tecnologia e um baita motivo de orgulho. É saber que uma empresa da sua cidade pode bater no peito e dizer: a gente entregou 635 toneladas na floresta. E entregou com estilo.

Max Pires

Já criei blog, portal, startup… e agora voltei pro que mais gosto: contar histórias que fazem sentido pra quem vive aqui. Entre um café e um latido dos meus cachorros, tô sempre de olho no que importa pra nossa cidade.

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