Santa Catarina lidera saldo migratório e ultrapassa SP pela 1ª vez; veja de onde vêm os novos moradores

Divulgação | PMJS
Santa Catarina recebeu 503,6 mil novos residentes entre 2017 e 2022 e viu apenas 149,2 mil pessoas deixarem o estado. O saldo positivo de 354,4 mil habitantes representa 4,66 % da população catarinense – o maior percentual do país e o primeiro a desbancar São Paulo desde 1991.
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Quem está chegando e de onde vêm
Rio Grande do Sul (26,8 %), Paraná (19,1 %), São Paulo (12,4 %), Pará (8,9 %) e Bahia (4 %) lideram a lista de estados que mais enviaram moradores para terras catarinenses. O fluxo reforça a consolidação de Santa Catarina como região de destino e revela um novo “corredor migratório” rumo ao litoral e ao interior industrial do estado.
Por que Santa Catarina atrai tantos novos moradores?
Emprego e renda: o estado mantém historicamente a menor taxa de desemprego do Brasil – posição confirmada no 1º trimestre de 2025, segundo o IBGE.
Qualidade de vida: altos indicadores de escolaridade, saúde e segurança pública são citados por novos residentes.
Diversidade econômica: polos têxteis, metalmecânico, tecnológico e o turismo de costa e serra garantem oportunidades em múltiplos setores.
Impactos imediatos e desafios futuros
O avanço populacional pressiona infraestrutura urbana, habitação e transporte em cidades que já crescem acima da média nacional, como Itapema, Balneário Camboriú, Joinville e Chapecó. Gestores municipais estudam rever planos diretores, ampliar redes de saúde e investir em mobilidade para acomodar o novo contingente.
O que muda no mapa migratório do país
Pela primeira vez desde o início da série histórica do IBGE, em 1991, o estado de São Paulo apresentou saldo migratório negativo. Entre 2017 e 2022, mais pessoas saíram do que chegaram ao território paulista, resultando em uma perda líquida de -65,6 mil habitantes. O dado marca uma inflexão importante no principal centro econômico do país, que até então liderava o crescimento populacional impulsionado por migração.
A mudança sinaliza não apenas um redirecionamento no fluxo migratório interno, mas também os efeitos de fatores como custo de vida elevado, saturação urbana e novas oportunidades em outros estados, como Santa Catarina.