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Sedentarismo causa doenças

No Brasil, atualmente, o sedentarismo já custa trezentos milhões de reais por ano ao SUS.

30/01/2023

A Organização Mundial da Saúde divulgou relatório, no qual afirma que, em dez anos, a falta de atividade física pode levar cerca de quinhentos milhões de pessoas em todo o mundo a desenvolverem doenças crônicas.

O relatório da OMS pede aos governos que “atuem com urgência” para promover ações que incentivem a prática de exercícios físicos entre a população, pelos benefícios individuais, sociais e econômicos, pois tratar esse enorme número de doentes irá custar cerca de trezentos bilhões de dólares à sociedade, ou seja, mais de um trilhão de reais, nos próximos 10 anos.

Com esse dinheiro, se poderiam formar um milhão de novos médicos no mundo.

No Brasil, atualmente, o sedentarismo já custa trezentos milhões de reais por ano ao SUS.

A falta de atividade física está ligada à ocorrência de diversas doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, câncer de cólon, câncer de mama, doenças isquêmicas do coração, e depressão, entre outras enfermidades ligadas ao sedentarismo.

Caso a situação atual não seja modificada, o estudo aponta que o sedentarismo pode contribuir para mais 215 milhões de pacientes com depressão ou ansiedade, 234 milhões de pacientes hipertensos, 3,4 milhões de pacientes com câncer e 6,6 milhões de pessoas cardíacas.

Os autores do estudo também estimam mais 11,2 milhões de pessoas afetadas pelo diabete tipo 2, 12,5 milhões a mais de pessoas com doença coronariana e casos de demência em mais 15,2 milhões de pacientes no mundo todo.

O relatório mostra que os homens se envolvem em atividades físicas mais do que as mulheres. Ainda conforme o estudo, em média 27% dos adultos no mundo não fazem os 150 minutos por semana de exercícios recomendados pela OMS, esse porcentual é de 31% entre as mulheres, e de 25% entre os homens.

A dica é se mexer, gente! Nem que seja fazer 3 caminhadas de 50 minutos ou 5 caminhadas de meia hora por semana.

Todo mundo, homens e mulheres devem fazer atividades físicas, para garantir uma vida sem doenças crônicas.

Por

Médico Neurologista, Deputado Estadual SC e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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