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Sem comprovação cientifica, Prefeito de Itajaí quer tratar covid-19 com aplicação retal de ozônio

Volnei Morastoni fez um comunicado nas redes sociais dizendo que inscreveu o município em comissão para integrar um protocolo de pesquisa sobre a ozonioterapia

04/08/2020

O prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), anunciou durante uma transmissão pelas redes sociais que pretende adicionar uma opção inusitada de tratamento à covid-19 no município: administração de ozônio, pelo ânus, apenas em casos que tiveram resultado positivo nos testes de coronavírus.

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O procedimento não tem eficiência comprovada cientificamente contra a covid. O prefeito, que também é médico, declarou ter inscrito a cidade na Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), ligada ao Ministério da Saúde, para integrar um protocolo de pesquisa sobre o uso do ozônio. O procedimento não tem eficiência comprovada cientificamente contra a covid.

O Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial de Saúde) já divulgaram, mais de uma vez, que ainda não há cura para a covid-19 ou mesmo tratamento de eficácia científica comprovada — ou seja, quando cumpre diversas etapas de testagem e registro específico como medicação a ser usada em determinada doença.

“Provavelmente vai ser uma aplicação via retal, uma aplicação tranquilíssima, rapidíssima, de dois minutos, num cateter fininho e isso dá um resultado excelente. Com isso, nós vamos ser autorizados a ter um laboratório de ozônio. Já estamos definindo o local e providenciando os aparelhos “, afirmou Morastoni na live

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Em entrevista ao Timeline desta terça (4), a repórter Patrícia Silveira, da NSC TV, que cobre a região de Santa Catarina, afirmou que ainda não há maiores explicações por parte da prefeitura, nem datas para o possível início do tratamento. Ela também disse que os tratamentos não têm efeitos imediatos e que seria difícil, em caso de realização do método, concluir que uma possível cura ou melhora estaria relacionada à ozonioterapia.

A declaração bastou para viralizar nas redes sociais. Grande parte dos usuários acabou entendendo a notícia como falsa, em razão do caráter inusitado.

 

 

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