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Seminário Autismo e seus Desafios lotou auditório do Cejas

“A importância do seminário é justamente para que professores, psicólogos e pedagogos que trabalham com as crianças possam ter a sensibilidade de perceber certos comportamentos típicos do TEA”. São sutilezas que, no dia a dia, se consegue perceber antes de encaminhar a criança a um psiquiatra infantil ou a um neurologista infantil fazerem o diagnóstico e confirmar ou não se existe a doença

27/09/2019

Jaraguá do Sul sediou na quinta-feira (26) uma capacitação para profissionais que trabalham no atendimento às pessoas autistas. O seminário “Autismo e seus Desafios” foi promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, reunindo mais de 400 pessoas da região Nordeste do Estado e teve como grande meta ampliar a inclusão de quem tem a condição.

Presidente da comissão, o deputado Doutor Vicente Caropreso (PSDB) citou que ainda existem muitas dúvidas sobre as legislações nacional e estadual que instituíram as políticas brasileira e catarinense de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dois fatores diretamente responsáveis por isso são a desinformação e a ignorância sobre o assunto. As medidas proporcionaram que os autistas passem a ser considerados oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito a todas as políticas de inclusão do país, incluindo as de Educação.

Para acabar com as dúvidas, o colegiado já promoveu 22 eventos em Santa Catarina. “Temos pelo menos mais dois grandes [sobre autismo] até o final do ano e pelo menos mais seis que incluem outras temáticas. Já ouvimos mais de 16 mil pessoas por meio de encontros como esse”, informou o parlamentar.

O próximo será na segunda-feira (30), no campus da Univali, em Balneário Camboriú. O encontro desta quinta-feira foi realizado em parceria também com a Associação Catarinense de Autismo (Asca), Fundação Catarinense de Autismo, Prefeitura e Associação dos Amigos Autistas de Jaraguá do Sul.

Segundo a presidente da Associação dos Amigos do Autista de Jaraguá do Sul (AMA), Leila Modro, a instituição atende 110 autistas e a APAE “cerca de 80”. Mas, ela acredita que exista um número maior ainda, pois os diagnósticos nem sempre são detectados. “A importância do seminário é justamente para que professores, psicólogos e pedagogos que trabalham com as crianças possam ter a sensibilidade de perceber certos comportamentos típicos do TEA”. São sutilezas que, no dia a dia, se consegue perceber antes de encaminhar a criança a um psiquiatra infantil ou a um neurologista infantil fazerem o diagnóstico e confirmar ou não se existe a doença.

Diagnóstico precoce é essencial atestam especialistas

Na parte da manhã o neurologista pediátrico Egon Frantz fez uma palestra aos presentes. Pouco antes, ele atestou que o diagnóstico precoce é extremamente importante. “Hoje se procura fazer abaixo de dois anos de idade, o que leva a um desenvolvimento adequado. No Brasil, infelizmente, ainda é feito aos seis anos de idade.” A palestra da tarde teve um convidado muito especial. O escritor, palestrante, radialista, instrumentista e cantor Marcos Petry, que é autista de alto funcionamento, veio dar um grande exemplo de superação. Nascido na cidade de Vidal Ramos, o jovem orienta profissionais das mais diversas áreas sobre o atendimento adequado a pessoa com autismo para que a inclusão ocorra de forma adequada.

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