Jaraguá do Sul | 29/10/2022 | Atualizado em: 29/10/22 ás 23:50

Sônia Hess – A história da Dudalina

Os 16 herdeiros de Adelina, fundadora da marca, se dividiram em grupos e, há décadas, discordam de quase tudo.

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Sônia Hess – A história da Dudalina

A marca Dudalina foi fundada por Adelina Hess de Souza e batizada em homenagem a junção de seu nome ao apelido de seu marido, Duda. O casal já era dono de um comércio de secos e molhados e, por conta disso, seu Duda achou que seria boa ideia comprar um grande lote de tecidos para venda.

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Infelizmente, ou felizmente nesse caso, os tecidos ficaram encalhados e foi necessário o espírito empreendedor de Adelina para reverter o prejuízo. Assim, ela começou um trabalho de costurar camisas masculinas e fundou a conhecida camisaria Dudalina, com tecidos encalhados e muito trabalho árduo.

Mesmo com o objetivo de formar uma família grande, Adelina não deixou a vida profissional para traz, sendo sempre a cabeça dos negócios. Quando faleceu, em 2008, a Dudalina já era a maior camisaria do país. Originalmente, a camisaria fabricava somente peças masculinas e, a partir de 2010, começou também a comercializar roupas femininas. Além disso, vendida em 2013, a empresa tradicionalmente familiar agora pertence ao grupos Restoque.

 

“Minha mãe sempre falava: trabalhe, trabalhe e trabalhe. Vá sempre a procura do sim, o não você já tem. Procure sempre a solução nos mais simples”

 

Sônia Hess é a segunda filha do casal e começou seu trabalho na empresa na área de marketing, logo após sua formação na Espanha. Foi somente em 2003 que, após uma longa disputa com seus irmãos, ela assumiu a presidência da companhia. De acordo com a revista Exame, os 16 herdeiros de Adelina se dividiram em grupos e, há décadas, discordam de quase tudo. O maior deles era composto por 11 irmãos, incluindo as cinco mulheres e liderado por Sônia. Do outro lado estão os outros cinco irmãos — entre eles o primogênito, Anselmo José, que presidiu a Dudalina de 1979 a 1989, e Vilson Luiz, que chefiou o conselho de administração por quase duas décadas.

Os problemas começaram quando Adelina passou o comando para seu filho mais velho, em 1979. Ele manteve a centralização da administração. Com o ressentimento dos outros filhos, ela transferiu a presidência ao Armando César, o sétimo mais velho. Na época, a empresa começou a ter grandes concorrências brasileiras (incluindo a Hering) e chinesas. Nesse momento, os irmãos divergiram sobre a estratégia que a empresa deveria tomar para continuar forte no mercado: seguir a linha conservadora ou expandir para o varejo.

Depois de discutir o assunto e optar pela não expansão varejista, a empresa entrou em um de seus momentos mais delicados de sua história. Adelina mais uma vez escolheu entre um dos filhos para a presidência de sua empresa e dessa vez confiou em Sonia. O crescimento da companhia prova que foi uma decisão acertada. Ela não teve medo de arriscar e estudou o mercado, percebendo que deveria dar, também, atenção ao publico feminino. Apesar de outras mudanças na marca, pode-se afirmar que esse foi seu grande diferencial. Desde 2008, o faturamento triplicou e o lucro foi multiplicado por 10. A Dudalina já tem 100 lojas no país e é dona de outras duas marcas — Base e Individual.

 

“Foi a partir de 2010 que eu virei presidente de verdade e consegui fazer tudo que tinha planejado” 

 

Em 2013, Sônia finalmente cumpre a promessa feita a sua mãe: trazer a paz de volta entre os irmãos. Para isso, ela – e seus aliados no conselho – venderam a empresa por cerca de 1 bilhão de reais. Desde então ela é vice-presidente do grupo Mulheres do Brasil, é também mentora do programa Winning Women Brasil, conselheira da Endeavor, jurada do prêmio Cartier Woman’s Initiative, presidente do Lide Mulher e mentora do programa IBGC para mulheres.

Atuou como conselheira do Instituto Ayrton Senna, membra do Conselho Curador da Fundação Dom Cabral e conselheira da PETZ e Warburg Pincus do Brasil. Ainda, é filantrópica e gosta de ajudar causas relacionadas aos direitos das mulheres, além de incentivar o empreendedorismo feminino no país.

 

“Não somos contra os homens. Somos a favor das mulheres”

 

*As informações utilizadas foram retiradas de Exame e ABContent

 

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