As baladas de Jaraguá do Sul que bombavam nos anos 2000 – parte 1
Você lembra dessas baladas? Big Bowling, Hari Om e Combat marcaram a noite jaraguaense dos anos 2000. Relembre essa era!
Foto: Max Pires / Acervo JDV / Big Bowling
Entre 2000 e 2010, Jaraguá do Sul viveu uma era dourada da vida noturna. Era o tempo dos ingressos físicos, dos flyers distribuídos na rua e de pistas lotadas a cada fim de semana. De casas luxuosas a pubs improvisados, as baladas da cidade marcaram uma geração inteira e moldaram o jeito jaraguaense de curtir a noite.
A seguir, uma viagem no tempo pelas baladas que fizeram história.
Big Bowling – o templo dos grandes shows
Inaugurado em 2001 dentro do Shopping Breithaupt, o Big Bowling foi muito mais que um boliche. O espaço abrigava quatro pistas, bar com lanches e uma estrutura ampla que servia tanto para jogos quanto para grandes shows.
Entre 2001 e 2004, nomes como Cidade Negra, Rita Lee, O Rappa, Os Chefes e Nega Fulo lotaram o local. Era ponto de encontro de jovens de 16 anos até adultos mais velhos, todos reunidos para curtir a mistura de música eletrônica e rock que dominava a época.
O “inferninho” eletrônico nos fundos e o palco principal faziam do Big Bowling uma referência regional. Hoje, o espaço abriga o cinema do Shopping Partage, mas para quem viveu aquele tempo, nenhuma sessão em 3D supera um show ao vivo naquele palco.
Barcelona – o clube das noites bonitas
Funcionando entre 2002 e 2003 na Rua João Marcatto, o Barcelona ficou famoso pela atmosfera moderna e pelo público jovem, entre 18 e 30 anos. A casa apostava forte na música eletrônica e se tornou sinônimo de estilo.
Conteúdos em alta
O que realmente chamava atenção era a área VIP com enormes camas, onde as pessoas se reuniam para conversar, dançar ou simplesmente descansar, algo muito diferente para a época.
Apesar do sucesso meteórico, o Barcelona teve vida curta e acabou se tornando uma das lembranças mais curiosas das noites jaraguaenses do início dos anos 2000.
La Santidad – o charme rústico e ao ar livre
Entre 2001 e 2003, o La Santidad, liderado pelo Cleiton Jantisch e Adrianinho Junkes, foi um dos endereços mais badalados de Jaraguá do Sul. Localizado na sequência da Epitácio Pessoa, em frente onde hoje existe o Thugs Burger, o espaço misturava rusticidade e charme, com uma ampla área ao ar livre e palco para bandas.
Os músicos Rex Johnson e Jackson & Cia eram presença garantida nas noites da casa, que unia o público jovem em torno da música eletrônica e de covers animados.
Com seu ambiente a céu aberto e clima descontraído, o La Santidad marcou uma geração que vivia intensamente o início dos anos 2000.
Hari Om – luxo jaraguaense no início do milênio
Poucas casas noturnas deixaram uma impressão tão forte quanto a Hari Om, que funcionou entre 2001 e 2002 no local onde hoje estão o Komprão, Bari Café e Gurmesan Sushi.
Com arquitetura moderna, lago na entrada e cascatas saindo das paredes, a casa parecia mais uma balada de Balneário Camboriú do que de Jaraguá do Sul. Na inauguração, gente de todo o estado veio conferir o espaço, que se tornou rapidamente um símbolo de sofisticação.
O foco era a música eletrônica, com DJs renomados da época. Mesmo com vida curta, a Hari Om virou lenda: uma balada linda, ousada e à frente do seu tempo.
Combat – o auge da música eletrônica
De 2005 a 2008, o Combat assumiu o espaço deixado pela Hari Om e levou a vida noturna jaraguaense a outro patamar. Sob a liderança de Chico Piermann, o local reunia toda a cidade, das tribos eletrônicas aos amantes de bandas locais.
A estrutura era praticamente a mesma, mas o ambiente ganhou um novo ritmo, com grandes marcas patrocinando festas e DJs lendários passando pelo palco. Um dos pontos mais lembrados é o camarote do Floriani, com churrasqueira própria, símbolo de uma época em que as festas de Jaraguá se tornaram quase mitológicas.
O terreno foi vendido anos depois, encerrando um dos ciclos mais marcantes da noite jaraguaense.
Estação do Tempo – o último suspiro de uma era
Entre 2008 e 2010, a Estação do Tempo do empresário Daniel Benke, manteve viva a chama das baladas jaraguaenses. Funcionando no antigo Sebus, na Domingos Rodrigues da Nova, o local tinha uma decoração retrô, cheia de objetos antigos e clima nostálgico.
Misturando rock, forró e noites temáticas, a casa atraía um público diverso e animado. O espaço acabou sendo desativado anos depois, dando lugar a outro tipo de empreendimento. Mesmo assim, quem viveu aquelas noites ainda lembra do clima único e acolhedor de lá.
Quer ver sua balada preferida na Parte 2?
A noite jaraguaense teve muitos endereços que deixaram saudade, e a gente quer lembrar de todos! 🎶
Se você frequentava lugares como Notre Dame, Sacramentum Pub, Sambar, Moinho Disco, Patuá, ou qualquer outro point que marcou sua juventude, manda pra gente!
📧 Envie o nome da balada, o que você lembra dela e, se quiser, uma foto da época para:
As mais citadas vão aparecer na Parte 2 da série “As baladas de Jaraguá do Sul que bombavam nos anos 2000”, aqui no JDV.
Quem nunca esperou sair no Look Here?
Se você frequentava as baladas jaraguaenses dos anos 2000, com certeza teve sua foto publicada em algum dos sites que dominavam a internet da época. Era a era das câmeras digitais, dos flashes infinitos e da expectativa de aparecer no álbum da noite seguinte.
Entre os mais lembrados estão o Look Here, o Zinabre, o Top Flash e o Dom 7, verdadeiros clássicos da cobertura social que eternizaram uma geração de festas, estilos e amizades.
Qual desses sites marcou mais a sua época? Porque antes dos stories e das redes sociais, era ali que a gente brilhava.
Como isso impacta sua vida?
As baladas dos anos 2000 não eram apenas lugares para dançar, eram pontos de encontro, cultura e identidade. Cada casa ajudou a moldar o estilo de vida jaraguaense, conectando pessoas e criando memórias que até hoje rendem conversa nas rodas de amigos.
Relembrar esses espaços é celebrar uma Jaraguá vibrante, jovem e criativa, e entender por que tanta gente ainda sente falta daquela época.
Max Pires
Já criei blog, portal, startup… e agora voltei pro que mais gosto: contar histórias que fazem sentido pra quem vive aqui. Entre um café e um latido dos meus cachorros, tô sempre de olho no que importa pra nossa cidade.
