Saúde

23 dicas para evitar as quedas de pessoas idosas

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que cerca de 30% das pessoas com 65 anos sofrem quedas, pelo menos uma vez por ano.

14/07/2020

O processo de envelhecimento da população brasileira tem, cada vez mais, chamado atenção de instituições e profissionais da saúde. Estima-se que em 2060, um terço da população seja composta por pessoas idosas, isto é, com 60 anos ou mais. Já nas próximas décadas, o percentual de idosos, que hoje é de 28 milhões de pessoas (13% da população), tende a dobrar. 

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Com a senilidade, surgem situações típicas como as quedas, que podem ser evitadas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que cerca de 30% das pessoas com 65 anos sofrem quedas, pelo menos uma vez por ano. Depois dos 80 anos, essa porcentagem chega a 50%.  

A queda é considerada a principal razão de admissão em serviços de urgência neste grupo etário. As quedas são mais frequentes em casa. Com mulheres e idosos com deficiência cognitiva/demência, há o dobro de possibilidade de ocorrer. De acordo com a fisioterapeuta do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Francielle Oliani, os acidentes por quedas causam série de consequências à saúde da pessoa idosa.

Entre elas, alterações emocionais e sociais, como sentimento de medo, falta de confiança, isolamento, depressão, além de fraturas. Entre as fraturas causadas por quedas, a mais comum é a fratura de fêmur, que compromete a capacidade de movimento do idoso e pode, inclusive, levar a complicações que causem a sua morte.

Porque os idosos caem?

Existem alguns fatores que predispõem à queda no idoso:

*Fatores fisiológicos
Relacionados às alterações fisiológicas do processo de envelhecimento como: diminuição da força muscular, dos reflexos, da reação de equilíbrio, perda da capacidade visual, etc. Além disso, a existência de uma patologia específica ou o uso de alguns medicamentos também podem favorecer as quedas.

*Fatores ambientais
Relacionados ao ambiente em que o idoso interage: sua casa, locais públicos, transporte coletivo, entre outros.

Como prevenir as quedas?

Em casa:

  • Evitar tapetes soltos, pequenos ou com dobras;
  • Cuidado com pisos escorregadios, chão molhado. Não passar cera no chão;
  • Evitar móveis e outros objetos espalhados pelo local de circulação do domicílio (móveis, sapatos, roupas, etc);
  • Cuidado com animais domésticos dentro de casa;
  • Evitar uso de chinelos, sapatos desamarrados ou mal ajustados ou com solado escorregadio;
  • Evitar andar apenas com meias, sem calçado;
  • Evitar roupas compridas, arrastando pelo chão.
  • Manter os ambientes bem iluminados;
  • Evitar cadeira, camas e vasos sanitários muito baixos;
  • Evitar cadeiras sem braços; 
  • Instalar corrimão nas escadas e fita antiderrapante nos degraus;
  • Quando possível, utilizar algum equipamento adequado para o uso do vaso sanitário e banho de chuveiro (barras de apoio, cadeira de banho, tapete antiderrapante, etc).
  • Colocar as roupas/objetos de uso pessoal em locais de fácil acesso;
  • Se o idoso costuma levantar à noite para ir ao banheiro, deixar uma luz acesa;
  • Para pacientes acamados, manter grades laterais no leito.

 
 Outras recomendações:

  • Consultar o médico regularmente;
  •  Em caso de utilização de bengala ou outro tipo de apoio, usar ponteira de borracha e trocá-la quando estiver gasta;
  • Pedir ajuda caso apresente dificuldade para a realização de alguma atividade doméstica.
  • Manter uma dieta saudável;
  • Tomar banho de sol regularmente;
  • Não fazer uso de bebidas alcoólicas;
  • Participar de programas de atividades físicas que visem o desenvolvimento de agilidade, equilíbrio, coordenação e força muscular;
  • Aconselhar-se com com seu médico a respeito do tipo de atividade física que você pode realizar. Exercícios regulares contribuem para minimizar a deterioração do corpo que ocorre em função do processo de envelhecimento, por isso, é fundamental manter-se ativo.

Atualmente, devido à pandemia pelo novo coronavírus, é altamente recomendável que o idoso permaneça em casa, em distanciamento social, por integrar grupo de risco para a Covid19. Mas, o que fazer em casa para manter-se ativo? 

Em casa, evite permanecer apenas sentado no sofá, assistindo TV. Procure manter-se ativo em um ambiente seguro. Evite fazer atividades com exposição a riscos, como subir em uma cadeira ou um móvel. Organize-se para dedicar alguns minutos do dia para se movimentar com cuidado, dentro de suas limitações e capacidades. Alguns exemplos de atividades simples e funcionais incluem:

Respire, perceba o ritmo respiratório e associe a movimentos de elevar os braços: Puxe o ar ao elevar os braços e solte o ar ao baixar os braços. Faça algumas repetições. Observe sua respiração durante essas atividades, respeite seu corpo e pare na mesma hora, caso sinta desconforto;

Sentar e levantar de uma cadeira com apoio (importante: garantir a estabilidade da cadeira encostando-a em uma parede para apoio);

Caminhe ao redor de casa ou no corredor do seu apartamento. Use calçados adequados e certifique-se que não haja obstáculos pelo caminho, evitando tropeços;

Marchar parado e com apoio dos braços: Movimente-se mesmo sem espaço (marche como se fosse um soldado parado no mesmo local. Garanta apoio nas mãos, evitando desequilíbrio);

Ficar na ponta dos pés e depois no calcanhar: Melhora o retorno venoso. Faça o movimento em pé, segurando-se em algo fixo e sob supervisão, caso necessário. Se não conseguir fazer de pé, faça sentado, movimente os tornozelos para cima e para baixo;

Alongar o corpo: Você pode fazer o alongamento sentado ou deitado, tanto nas pernas quanto nos braços;

Não esqueça! Use sapatos adequados, não se exercite em jejum e sempre sob a supervisão de outra pessoa; 

 Assim que possível, busque a prática de uma atividade regular, como tai chi chuan, yoga, pilates, hidroginástica, academia  ou outra de sua preferência. É importante a avaliação de um profissional da saúde para verificar qual o tipo de atividade física mais adequada em cada caso.

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