Economia | 17/03/2023 | Atualizado em: 17/03/23 ás 11:48

Satélite desenvolvido em SC será lançado ao espaço no mês que vem

O lançamento ocorrerá em um foguete da SpaceX, empresa comandada pelo bilionário Elon Musk, na Califórnia, nos Estados Unidos.

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Um satélite desenvolvido em Santa Catarina será lançado ao espaço no dia 3 de abril. O lançamento ocorrerá em um foguete da SpaceX, empresa comandada pelo bilionário Elon Musk, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O projeto chamado de Visiona Cub (VCUB1) e é uma iniciativa da empresa Visiona Tecnologia Espacial, de São José dos Campos (SP). O satélite, no entanto, foi desenvolvido em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados, de Florianópolis.

O satélite tem 12 quilos e tamanho semelhante a uma caixa de sapatos (10cm x 20cm x 30cm). O projeto durou quatro anos e meio e custo é estimado em R$ 8,7 milhões. Parte dos valores foi destinada pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

O equipamento deve fornecer informações e imagens para auxiliar em atividades como indústria 4.0, planejamento urbano, defesa civil, logística e transporte e agricultura de precisão. Apoiado por estações em terra, o dispositivo pode recolher e transmitir dados meteorológicos, de trânsito e do solo.

Quando estiver em órbita, o dispositivo vai dar uma volta ao redor da Terra a cada 90 minutos. Ele ficará a uma distância de 600 quilômetros do solo, o equivalente à distância entre os extremos leste e oeste do estado de Santa Catarina. A diferença é considerada órbita baixa — satélites tradicionais, que chegam a pesar até cinco toneladas, orbitam a 35 mil metros do nível do mar.

Após o lançamento no foguete da SpaceX, o satélite ficará encapsulado por cerca de 10 dias, até entrar na órbita desejada. Depois, durante outros 20 dias, estará em fase de comissionamento e de testes. Com isso, a previsão é de que as primeiras imagens da Terra devam chegar em torno do dia 1º de maio.

Estrutura do satélite

O satélite tem duas partes. Uma delas é uma câmera de observação, que terá uso na agricultura e controle de desmatamento, e, eventualmente, em cartografia e monitoramento marítimo. A outra é um “rádio definido por software”, espécie de computador capaz de trabalhar com diferentes aplicações.
Apesar das dimensões reduzidas, os desenvolvedores afirmam que o VCUB1 possui arquitetura sofisticada, similar à de satélites de maior porte e de equipamentos de missão de última geração.

As tecnologias presentes neste satélite vão permitir a criação de outros de qualquer porte, o que segundo os desenvolvedores pode abrir uma importante frente de negócios para a indústria aeroespacial no Brasil.
O novo satélite também deve ajudar a validar tecnologias que devem ser incorporadas nos próximos projetos da empresa Visiona.

New Space

O equipamento é um exemplo de um novo momento da corrida espacial, chamado de New Space. O estágio consiste no desenvolvimento de satélites de pequeno porte com alta capacidade de desempenho. Em vez de governos, o principal ator desses novos investimentos tornam-se empresas privadas, que investem nesses equipamentos de menor dimensão com foco em serviços para desenvolver atividades econômicas.

Os nanossatélites, com pesos até 10 quilos, e microssatélites, de 10 a 100 quilos, são exemplos de tecnologias utilizadas nesta fase da indústria aeroespacial.

Constelação Catarina também é inovação em SC

Além do satélite que será lançado no mês que vem, o Instituto Senai de Sistemas Embarcados participa do desenvolvimento de satélites para a Constelação Catarina, uma iniciativa em parceria com a Agência Espacial Brasileira e UFSC e com o apoio da bancada federal catarinense. Trata-se de uma frota prevista de 14 nanossatélites, focados em prevenção de eventos climáticos, além de outras funcionalidades.

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, considera que o desenvolvimento aeroespacial representa uma nova fase para a indústria catarinense.

— Os institutos criam inovações para aplicações do fundo do mar ao espaço sideral — afirma.

 

Conteúdo publicado por NSC

 

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Camille Moreland

Estudante da 5ª fase de Design, curiosa por natureza e apaixonada pelo que faz.

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