Aranhas-marrom em quarto alugado assustam biólogo durante curso em Curitiba; ele dormiu no carro

Fotos: Captura de tela/ Ciatox/SC
Hospedado em Curitiba para ministrar o 3º Curso Presencial de Resgate de Fauna Silvestre, o biólogo Christian Raboch, acostumado a lidar com os mais diversos tipos de animais — incluindo muitos peçonhentos — ficou assustado com a quantidade de aranhas que encontrou no quarto alugado para passar a noite, na véspera da palestra.
Em vídeo postado em suas redes sociais, ele mostra toda a situação. A gravação começa com o questionamento:
“Como uma pessoa aluga um quarto assim?”
Na sequência, ele registra uma aranha-marrom caminhando pelo lençol da cama onde dormiria.
“Olha aqui, olha o perigo. Daí a pessoa deita, não vê esse bicho, aperta, não sente a picada do bicho e aí, depois de alguns dias, começa a dar uma coceirinha e começa a necrosar”, comenta o profissional.
Ao abrir uma gaveta, ele encontra mais um exemplar da espécie. Em seguida, levanta o colchão e localiza uma terceira aranha. Em outro ponto do vídeo, Christian mostra um ninho, totalizando sete aranhas-marrom encontradas no local.
Diante do risco, o biólogo decidiu dormir no carro, considerando o ambiente inapropriado para permanência. A hospedagem não teve o nome divulgado.
O que a picada da aranha-marrom pode causar
No comentário que acompanha o vídeo, Christian Raboch alerta para os riscos da aranha-marrom (gênero Loxosceles), explicando sintomas, consequências e cuidados em caso de picada:
A toxina da picada pode provocar uma condição chamada loxoscelismo, que se manifesta de duas formas principais:
✔️ Cutâneo (mais comum)
A lesão pode evoluir para uma necrose (morte do tecido). Em alguns casos, a ferida é pequena, mas pode aumentar com o tempo e apresentar cicatrização lenta.
✔️ Sistêmico ou visceral (mais raro)
Pode afetar órgãos internos, provocar febre, mal-estar, anemia hemolítica, insuficiência renal e, em casos graves, levar à morte.
O que fazer em caso de picada:
🕷️ Lavar imediatamente o local com água e sabão.
🕷️ Não aplicar substâncias caseiras.
🕷️ Procurar atendimento médico imediato.
🕷️ Se possível, tirar foto ou capturar a aranha com segurança para identificação.
Como prevenir acidentes com aranha-marrom:
➡️ Evite acúmulo de entulhos e roupas guardadas por longos períodos.
➡️ Use luvas ao mexer em locais escuros, móveis encostados ou pouco movimentados.
➡️ Vede frestas e mantenha os ambientes limpos, principalmente atrás de armários e camas.
Relato de seguidora
Nos comentários da publicação, a seguidora Mara Klitzke compartilhou um relato envolvendo um conhecido:
“Cara! Um amigo meu foi picado em Paranaguá e sofreu horrores. Além da necrose, teve muita febre e mal-estar. Ficou 1 semana de cama. Esse lugar aí não pode ser alugado. Caso de vigilância sanitária, hein?”
Já Márcia Ikeda descreveu sua própria experiência, ainda recente:
“Fui picada por uma recentemente. Não senti. Mas a cicatriz da necrose, apesar de pequena, ainda está aqui. Foram 10 dias de antibiótico caríssimo, mais tratamento com dermatologista por 40 dias, 3 pomadas diferentes, um prejuízo de quase R$ 400… Isso porque tenho convênio.”