Saúde

Câncer de mama: mulheres adiam diagnóstico e números de mastectomia crescem

Para se ter uma ideia, no caso do câncer de mama, esse atraso induz à mastectomia em 70% dos casos.

08/10/2022

Realização da mamografia aumentou após a vacinação contra a covid-19, mas mulheres têm detectado a doença mais tardiamente o que leva a tratamentos mais agressivos.

Pacientes estão chegando com tumores maiores nas cirurgias. Essa é uma constatação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e a explicação está na redução do número de mamografias e procedimentos realizados nos dois anos da pandemia da covid-19 no Brasil. Assim como em outros casos de câncer, a gravidade da doença aumenta proporcionalmente à demora do diagnóstico, assim como o tratamento fica mais agressivo e o risco de morte aumenta. Para se ter uma ideia, no caso do câncer de mama, esse atraso induz à mastectomia em 70% dos casos.

O cirurgião plástico do Hospital Marcelino Champagnat, Alfredo Duarte, explica que muitos pacientes que teriam inicialmente a indicação apenas de uma ressecção pequena da lesão ou da retirada da glândula, sem envolver pele e auréola, tiveram que retirar mais tecido e fazer a radioterapia, o que impacta diretamente no resultado estético e na recuperação.

“A retirada da mama é sempre uma decisão difícil para mulher, mas, em alguns casos, não tem como evitar. Quando a mama é pequena em relação ao tumor e os nódulos estão em vários quadrantes, ou o histórico familiar e o risco genético indicam maiores chances dos riscos de câncer, essa acaba sendo a melhor alternativa. E isso tem mais probabilidade de acontecer com o diagnóstico tardio”, relata.

 

Quer saber das notícias de Jaraguá do Sul e Região primeiro? CLIQUE AQUI e participe do nosso grupo de WhatsApp!

Por

Editora, analista SEO e responsável pelo conteúdo que escreve. Atenta aos conteúdos mais pesquisados do país.

Notícias relacionadas

x