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Coluna: Amigos, amigos

A candidatura do ex-prefeito Antidio Lunelli (MDB) a deputado estadual tem suas razões

28/07/2022

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

A candidatura do ex-prefeito Antidio Lunelli (MDB) a deputado estadual tem suas razões. Não só porque, com pretensões futuras na política, ficaria muitos dias ausentes (de seus negócios, inclusive) se nas urnas vencesse a eleição para deputado federal. Mas, também- e é preciso reconhecer- porque sua popularidade atropelaria a campanha de reeleição do deputado federal Carlos Chiodini (MDB). Que foi um dos principais articuladores de sua pré-candidatura a governador, além de amigo pessoal. Ao contrário, Chiodini o terá em dobradinha e poderá, até mesmo, melhorar a marca de 97.613 mil votos em 2018.

Os maiores, menores

Nas eleições municipais de 2020, PP, PSD e MDB juntos elegeram 190 dos 295 prefeitos de Santa Catarina. Um ano e meio depois, só o PP terá candidato próprio a governador (senador Esperidião Amin) e, mesmo assim, rachado. Mais de 30 dos 52 prefeitos do PP eleitos em 2020 apoiam Carlos Moisés (Republicanos) para um segundo mandato.

Partidos terceirizados

O PSD, com seus 42 prefeitos eleitos em 2020 e sem nome de peso para a majoritária, alinhou-se à candidatura do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil). Uma aventura, diga-se. O MDB, em crise de convulsão interna, tem a maioria dos seus 96 prefeitos alinhados à reeleição de Carlos Moisés (Republicanos). E salve-se quem puder!

Eleições

  • Candidato a senador, o deputado Celso Maldaner (MDB), vai subir no palanque de Carlos Moisés (Republicanos), que garantiu a vaga ao partido em troca de apoio, e pedir votos à reeleição do governador? Ou fará uma campanha isolada que pode levá-lo a lugar nenhum?
  • E se o escolhido para a vaga de senador pelo MDB fosse o deputado Rogério Perninha Mendonça, também um aliado de Antidio Lunelli, afirmando, inclusive, que se o ex-prefeito de Jaraguá do Sul desejasse disputar o Senado ele (Mendonça) abriria mão?
  • “Abdico de qualquer sonho ou projeto pessoal em favor do que está em jogo nessa eleição: o futuro do Brasil e de Santa Catarina”. Do senador Dário Berger (PSB) aceitando disputar a reeleição pela Aliança Democrática da esquerda. Traduzindo: ou aceita, ou vai para casa.
  • “É o sonho do catarinense, o sonho do meu partido que eu quero passar a interpretar, com a ajuda de Deus e a torcida dos meus amigos e amigas”. Do senador Esperidião Amin (PP) sobre sua quinta candidatura a governador. Boa parte do PP alinhou-se à reeleição de Carlos Moisés (Republicanos).
  • Governador Carlos Moisés (Republicanos) prometeu licenciar-se por dois meses dando sua cadeira ao fiel apoiador Moacir Sopelsa (MDB), presidente da Assembleia Legislativa. Ocorre que, na AL e na ausência de Sopelsa quem assume é Maurício Eskudlark, do PL. Apoiador de Jorginho Mello (PL), um arqui-inimigo de Moisés.
  • Senador Jorginho Mello (PL) corre à procura de um vice. Tentou o empresário e ex-vereador de Joinville, Ninfo König (PL) que não topou a parada. Há quem diga que a atual vice-governadora Daniela Reinehr, também do PL e candidata a deputada federal pode ser o nome.
  • Aliás, Mello e Daniela trabalharam à exaustão nos bastidores pela cassação do governador Carlos Moisés (Republicanos) nos dois processos de impeachment abertos pela Assembleia Legislativa. Por isso mesmo ela é olimpicamente ignorada por Moisés onde quer que esteja.

MDB lança presidenciável

Ontem (27) o MDB fez sua convenção (virtual) nacional para homologar a senadora Simone Tebet (MS) como candidata à presidente da República. Na verdade, uma tentativa de viabilizar candidaturas do partido a governador em alguns estados porque não há qualquer chance de vitória. Tanto que o grupo emedebista liderado pelo malévolo senador Renan Calheiros (AL) já adiantou que apoiará Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.

O impeachment em 2016

O MDB já foi parceiro do PT no governo de Dilma Rousseff. O vice era Michel Temer (SP), um dos artífices do processo de impeachment de Dilma aberto no Senado e que terminou com a cassação do mandato em 31 de agosto de 2016.  Calheiros e o Ministro Ricardo Lewandowski, do STF (FOTO ACIMA) nomeado para o cargo por Lula da Silva (PT), manobraram abertamente para evitar que ela perdesse, também, os direitos políticos.

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