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Coluna: Canal do Linguado ainda sem solução!

Estudos apontam que, hoje, a Baía da Babitonga acumula mais de 100 milhões de metros cúbicos de lama, sujeira e metais pesados.  

05/12/2021

Enquanto as obras de duplicação da BR-280, entre a BR-101 e Jaraguá do Sul (trecho federal) se arrastam há oito anos, do “lado de lá” ainda não se sabe nada sobre o futuro do Canal do Linguado, um dos grandes obstáculos para a execução da obra.

Quando houver recursos. O aterro foi concluído em 1935, seguindo a construção da linha férrea ligando o porto de São Francisco do Sul ao Planalto Norte. Por conta disso, estudos apontam que, hoje, a Baía da Babitonga acumula mais de 100 milhões de metros cúbicos de lama, sujeira e metais pesados.

Aterro já tem 89 anos

Em fevereiro de 1931 houve um deslocamento da ponte férrea então existente (foto acima), que se abria para a passagem de navios. Então, o fechamento foi autorizado em 24 de maio daquele ano depois de visita do presidente Getúlio Vargas à região.

Argumentou-se que a primeira fábrica da Mercedes Benz no Brasil viria para Joinville, onde peças muito pesadas já eram fabricadas em pequena siderúrgica e transportadas por trem até o porto de São Chico.  Mas a Mercedes, que só chegou ao Brasil em 1953, foi para São Bernardo do Campo (SP).

Ponte ou alargamento

Estudos feitos pela Câmara Técnica Canal do Linguado, do Grupo Pró-Babitonga, deverá ter suas conclusões finais divulgadas em 2022, para concluir se o Linguado será reaberto, mantido como está ou se há outra solução viável.

A duplicação da BR-280 naquele trecho prevê, em seu projeto básico original, a construção de uma ponte. Porém, em 2019 o Departamento Nacional de Transporte e Infraestrutura fez uma consulta ao Ibama sobre a possibilidade de alargamento do aterro existente, por custar bem menos. Mas tudo segue sem respostas.

Mais mordomia

Assembleia Legislativa aprovou Projeto de Resolução que muda critérios para a locação de imóveis pelos deputados (que quiserem) para a instalação de escritórios de apoio em suas bases eleitorais.

Com isso, o próprio deputado escolherá o imóvel desejado, com reembolso posterior pela Assembleia. Em tempo: não se trata de sedes de diretórios de partidos. O imóvel será de uso exclusivo do parlamentar. É só mais uma conta na conta do contribuinte.

Como gato e rato

MDB, PP e PSD não cogitam desembarcar tão cedo do governo de Carlos Moisés, onde ocupam cargos de grande interesse eleitoral. Tratados a pão de ló, devem ficar por lá até o último momento permitido pela legislação.

É como se fosse um jogo entre gato e rato, com um testando a inteligência do outro. O govenador, que não dá sinais de opção por um novo partido desde a sua desfiliação do PSL, em julho, corre sério risco de ficar falando sozinho.

A bola da vez

É quase certa, salvo acidente de percurso, a candidatura do empresário Luciano Hang (sem partido) a senador. Mas, segundo os bastidores, não será pelo PL do presidente Jair Bolsonaro, um amigo pessoal.

Isso porque em Santa Catarina o partido é comandado pelo senador Jorginho Mello, candidato a governador, mas com passado de apoio ao governo de Lula da Silva (PT) quando ainda no PR. Mello sonha em ter o empresário no PL. O mesmo sonho do PP de Esperidião Amin, cujo partido também foi aliado do governo de Dilma Rousseff (PT).

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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