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Coluna: Canal do Linguado ainda sem solução!

Estudos apontam que, hoje, a Baía da Babitonga acumula mais de 100 milhões de metros cúbicos de lama, sujeira e metais pesados.  

05/12/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Enquanto as obras de duplicação da BR-280, entre a BR-101 e Jaraguá do Sul (trecho federal) se arrastam há oito anos, do “lado de lá” ainda não se sabe nada sobre o futuro do Canal do Linguado, um dos grandes obstáculos para a execução da obra.

Quando houver recursos. O aterro foi concluído em 1935, seguindo a construção da linha férrea ligando o porto de São Francisco do Sul ao Planalto Norte. Por conta disso, estudos apontam que, hoje, a Baía da Babitonga acumula mais de 100 milhões de metros cúbicos de lama, sujeira e metais pesados.

Aterro já tem 89 anos

Em fevereiro de 1931 houve um deslocamento da ponte férrea então existente (foto acima), que se abria para a passagem de navios. Então, o fechamento foi autorizado em 24 de maio daquele ano depois de visita do presidente Getúlio Vargas à região.

Argumentou-se que a primeira fábrica da Mercedes Benz no Brasil viria para Joinville, onde peças muito pesadas já eram fabricadas em pequena siderúrgica e transportadas por trem até o porto de São Chico.  Mas a Mercedes, que só chegou ao Brasil em 1953, foi para São Bernardo do Campo (SP).

Ponte ou alargamento

Estudos feitos pela Câmara Técnica Canal do Linguado, do Grupo Pró-Babitonga, deverá ter suas conclusões finais divulgadas em 2022, para concluir se o Linguado será reaberto, mantido como está ou se há outra solução viável.

A duplicação da BR-280 naquele trecho prevê, em seu projeto básico original, a construção de uma ponte. Porém, em 2019 o Departamento Nacional de Transporte e Infraestrutura fez uma consulta ao Ibama sobre a possibilidade de alargamento do aterro existente, por custar bem menos. Mas tudo segue sem respostas.

Mais mordomia

Assembleia Legislativa aprovou Projeto de Resolução que muda critérios para a locação de imóveis pelos deputados (que quiserem) para a instalação de escritórios de apoio em suas bases eleitorais.

Com isso, o próprio deputado escolherá o imóvel desejado, com reembolso posterior pela Assembleia. Em tempo: não se trata de sedes de diretórios de partidos. O imóvel será de uso exclusivo do parlamentar. É só mais uma conta na conta do contribuinte.

Como gato e rato

MDB, PP e PSD não cogitam desembarcar tão cedo do governo de Carlos Moisés, onde ocupam cargos de grande interesse eleitoral. Tratados a pão de ló, devem ficar por lá até o último momento permitido pela legislação.

É como se fosse um jogo entre gato e rato, com um testando a inteligência do outro. O govenador, que não dá sinais de opção por um novo partido desde a sua desfiliação do PSL, em julho, corre sério risco de ficar falando sozinho.

A bola da vez

É quase certa, salvo acidente de percurso, a candidatura do empresário Luciano Hang (sem partido) a senador. Mas, segundo os bastidores, não será pelo PL do presidente Jair Bolsonaro, um amigo pessoal.

Isso porque em Santa Catarina o partido é comandado pelo senador Jorginho Mello, candidato a governador, mas com passado de apoio ao governo de Lula da Silva (PT) quando ainda no PR. Mello sonha em ter o empresário no PL. O mesmo sonho do PP de Esperidião Amin, cujo partido também foi aliado do governo de Dilma Rousseff (PT).

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