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Coluna: Cessar fogo!

A suspensão do lançamento da pré-candidatura de Antidio Lunelli a governador, em evento que ocorreria dia 11, em Curitibanos, reflete bom senso

03/06/2022

A suspensão do lançamento da pré-candidatura de Antidio Lunelli a governador, em evento que ocorreria dia 11, em Curitibanos, reflete bom senso. Mas, temporário. Por conta de incontornáveis desavenças internas, havia o temor de que, embora o encontro pudesse juntar bom número de correligionários, lideranças de peso do partido se ausentariam.

Convenção em agosto

A decisão foi tomada depois de conversa entre os deputados que apoiam a reeleição do governador Carlos Moisés (Republicanos), o presidente do partido, Celso Maldaner, o deputado federal Carlos Chiodini e Antidio Lunelli. Mas a convenção que homologará as candidaturas do partido continua agendada para dia 5 de agosto.

Na chapa de Moisés

Assim, voltam as especulações de um MDB aliado a Carlos Moisés, indicando o vice. Entre dois nomes: o presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Sopelsa (75 anos), em seu sexto mandato, ou o ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler (79 anos) com dois mandatos. E Carlos Chiodini para senador. Essa é uma proposta do próprio Moisés. Já o futuro político de Lunelli é uma incógnita.

Eleições

  • Senador Esperidião Amin (PP), bolsonarista de ocasião e pré-candidato a governador, foi recebido em audiência pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a mulher, deputada Ângela Amin (PP). A conversa, não vazou, mas é claro que as eleições de outubro predominaram.
  • O também senador Jorginho Mello (PL), amigo particular de Bolsonaro, garante que já se acertou com o PP (deputada Ângela Amin de vice). Na semana que vem, Amin e Mello terão uma conversa que se pretende definitiva para ambos.
  • Geraldo Alckmin (PSB), o vice de Lula da Silva (PT), tornou-se o interlocutor do PSB catarinense com o ex-presidente. Por aqui, PSB e PT andam às turras para indicar o candidato a governador. Na verdade, a tal frente democrática da esquerda também rachou.
  • Eleitores de dois municípios voltam às urnas no domingo (5) para escolher novos prefeitos e seus vices: Presidente Castello Branco (Oeste), região de Concórdia com pouco mais de 1.500 votantes. E Porto Belo (litoral) na região de Itapema, com cerca de 11 mil eleitores.
  • Prefeito e vice de Concórdia foram cassados porque, segundo a Justiça Eleitoral, em 2020 pagaram eleitores para não ir votar em candidatos adversários. Em Porto Belo o prefeito renunciou para ser candidato a deputado. O vice não quis assumir e também renunciou.
  • Deputado Darci de Mattos (PSD) admitiu que o pagamento das chamadas “emendas pix”, com recursos federais às prefeituras, é guiado pelo mapa eleitoral favorável ao parlamentar. Sem um mínimo de votos, dificilmente uma região é contemplada. O dinheiro cai direto na conta das prefeituras, que não precisam apresentar projetos e nem mesmo prestar contas.
  • De forma inédita e sem ressalvas, as contas do terceiro ano de governo de Carlos Moisés (Republicanos) foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Agora, a demonstração do do exercício financeiro de 2021 serão votadas pelo plenário da Assembleia Legislativa.

A trajetória de LHS

O documentário sobre a vida do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB) exibido em Florianópolis na terça-feira (1º), em sessão especial para políticos de vários partidos, reuniu três pré-candidatos a governador: Antidio Lunelli (MDB), Gean Loureiro (União Brasil) e Carlos Moisés (Republicanos). Além de deputados federais, prefeitos, vereadores e familiares de LHS.

O “show do milhão”

A narrativa cita a falta de apoio de prefeitos do MDB a Luiz Henrique e sua persistência na disputa pelo governo em 2002. Por conta do chamado “show do milhão” promovido pelo governo de Esperidião Amin (PP) e com o próprio Amin tentando a reeleição. Distribuindo vultosos recursos aos municípios e, mesmo assim, derrotado em segundo turno.

“É pix pra lá, pix pra cá…”

Na plateia, Antidio Lunelli, crítico contumaz do Plano 1000 (R$ 1 mil por habitante dos municípios) do governador Carlos Moisés. “É milhão para cá, milhão para lá, pix para cá, pix para lá. Pix de R$ 5 milhões aqui, R$ 10 milhões…”. Ao lado de Moisés, dois deputados da bancada estadual do MDB que, justamente por isso, abraçou a reeleição do governador.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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