Coluna: Com hora marcada

Prefeito Antidio Lunelli (MDB) renuncia ao cargo. A data-limite para quem está no exercício de mandatos disputar a eleição de outubro é 2 de abril. Em evento programado para às 15 horas (em alusão ao número 15 do partido) no auditório da Sociedade Cultura Artística, com capacidade para receber mil pessoas sentadas. Na terça-feira (22), em Florianópolis, Lunelli conversou com o vice-prefeito José Jair Franzner (MDB). Para acertar detalhes relacionados à posse de Franzner, que será o prefeito, de fato e de direito, pelos próximos 21 meses.

Eleições

• Kleber Wan-Dall (MDB), prefeito reeleito de Gaspar, desistiu de disputar vaga na Assembleia. Alegou que as incertezas que reinam no seu partido não oferecem segurança para um projeto dessa natureza. Por isso, fica no mandato. Aliás, é o que deveriam fazer, obrigatoriamente, todos os eleitos em 2020. O problema é a mordida da “mosca azul”. Não tem vacina, ainda.
• Dia 1º de abril o balcão de negócios do troca-troca de partidos encerra o período de negociações. E, até 2 de abril, quem pretende disputar cargo eletivo deve estar filiado a algum partido. As convenções partidárias ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto, quando candidatos às eleições proporcionais e majoritárias serão homologados.
• Assim, na prática as campanhas eleitorais terão menos de 60 dias e é por isso mesmo que pretendentes ao governo do Estado, por exemplo, há meses já estão em campanha escancarada estado afora. Protegidos pelo guarda-chuva da chamada pré-candidatura para não ter o registro cassado pelo TRE ou TSE. Como se ninguém soubesse o que pretendem.
• Pelo andar da carruagem, dois dos quatro prefeitos reeleitos em 2020, decididamente vão renunciar aos mandatos: Gean Loureiro (União Brasil/Florianópolis) e Antidio Lunelli (MDB/Jaraguá do Sul). João Rodrigues (PSD/Chapecó) e Fabricio Oliveira (Podemos/Balneário Camboriú) negociam. Oliveira não tem mais apoio do partido que o lançou. Rodrigues, sim.
• Em vinte dias de abertura da tal “janela partidária” (entre 3 e 23 de março) 55 dos 513 deputados federais já trocaram de partido. Até agora, o PL é o maior beneficiado, de 42 deputados já tem 63 e é o maior partido da Câmara. União Brasil caiu de 81 para 52, com boa parte indo para o PL de Bolsonaro. No PTB, os 10 eleitos sobram seis.
• Dos 19 governadores em primeiro mandato e que podem ser reeleitos, dez já confirmaram que vão às urnas em outubro. Ente eles, Carlos Moisés (Republicanos/SC) e Ratinho Júnior (PSB/PR). Eduardo Leite (PSDB/RS) já descartou uma reeleição. Pretende renunciar, filiar-se ao PSD e concorrer à presidência da República. Outros 11 governadores estão fora da disputa.
• A lista de candidatos a presidente até agora: Jair Bolsonaro (PL), Andréa Janones (Avante/MG), Ciro Gomes (PDT/CE), Felipe D’ávila (Novo/SP), João Dória Jr. (PSDB/SP), Leonardo Péricles (Unidade Popular/MG), Lula da Silva (PT/SP), Sérgio Moro (Podemos/PR), Simone Tebet (MDB/MS) e Vera Lúcia (PSTU/SP). Por enquanto, 10.Em 2018 eram 14.
• O PL prepara um megaevento em Brasília para o lançamento de candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro no domingo (27). São esperadas centenas de caravanas com apoiadores e mais uma penca de candidatos às eleições de outubro. O general Braga Neto, atual ministro da Defesa, deve ser o vice na chapa de Bolsonaro, mas ainda não se filiou ao PL.

PSD define prazo final

Lideranças do PSD, entre elas o ex-governador Raimundo Colombo, definiram o dia 30 de março como data final para que o partido decida se terá ou não candidato a governador. Não vamos deixar Santa Catarina sem uma proposta, sem um nome e fico à disposição para continuar a caminhada. Acho que é uma contribuição que preciso dar e é o meu dever”, ressaltou Colombo. Ao mesmo tempo, Raimundo Colombo deixou perceber que pode abrir mão de uma terceira candidatura à cheia do Executivo em favor do prefeito de Chapecó, João Rodrigues. Ao dizer que ele (Rodrigues) precisa de todo o apoio para decidir se renuncia ou não ao mandato.

 Pinho Moreira desiste

Ex-governador Pinho Moreira (MDB) desistiu de concorrer a deputado estadual. Para não ter de apoiar o prefeito Antidio Lunelli (se for homologado) ao governo do Estado. Mas há outro ingrediente nessa história. Entre os R$ 60 mil de salário + benefícios como diretor financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento e se obrigar à renúncia da função, e os R$ 30 mil como deputado estadual + assédio de eleitores, optou pelo mais conveniente.