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Coluna: Contatos em Brasília

Ele já garantiu expressivo apoio de emedebistas, entre deputados, prefeitos e vereadores, mas está longe de ter a diretoria do partido a seu lado

31/05/2022

Carlos Moisés (Republicanos) agenda contatos em Brasília com lideranças do MDB. Ele já garantiu expressivo apoio de emedebistas, entre deputados, prefeitos e vereadores, mas está longe de ter a diretoria do partido a seu lado. O governador acredita ser o preferido do eleitor visto as “pesquisas eleitorais que andam por aí”, para usar expressão dele mesmo. E citou Moacir Sopelsa (MDB), presidente da Assembleia Legislativa, como um “bom vice”.

Ainda sem um vice

Sopelsa, diga-se, tem se declarado Moisés até embaixo d’água. Tentativa anterior de ter o ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), de vice, deu xabú. Udo é amigo e conselheiro de Lunelli e, da mesma forma, sofreu processo de “fritura” em 2018 pelo próprio MDB quando se tornou uma alternativa para o governo do Estado em meio a uma crise interna que tomava conta do partido. E que se arrasta até hoje sem uma luz no fim do túnel.

Procurando um vice

De olho no maior colégio eleitoral do Estado, o senador Jorginho Mello (PL) procura um candidato a vice-governador que represente o Norte catarinense. Preferencialmente um empresário, de Joinville. Domicílio eleitoral da primeira suplente do senador, Ivete Appel da Silveira (MDB), viúva de Luiz Henrique da Silveira (MDB) e que ainda não declarou apoio à candidatura de Antidio Lunelli (MDB).

Eleições

  • A agenda de Lula da Silva (PT) nos dias 2 e 3 de junho em Santa Catarina, não terá eventos externos. Segundo o partido, isso poderia caracterizar propaganda eleitoral antecipada, sujeito as penalidades da lei eleitoral. Bobagem. Todo mundo está fazendo isso e, inclusive, o próprio Lula. A legislação eleitoral virou pano de chão e faz tempo.
  • Na verdade, o problema reside no embate entre os partidos de esquerda. De um lado o grupo encabeçado pelo PT de Décio Lima, compadre do ex-presidente. De outro, o PSB com o senador Dario Berger. O PSB tem Geraldo Alckmin como vice de Lula. Então, como conciliar essa enrascada em que as esquerdas se meteram?
  • Ontem (30), formalmente, o PSB pediu ao grupo de Décio Lima que cancele a visita de Lula, que virá a Santa Catarina com o vice, Geraldo Alckmin (PSB). Acusam que, pela amizade e o compadrio entre Lula e Lima, o petista seria beneficiado. O PSB quer que se respeite acordo nacional entre os dois partidos e já adianta que, nesse quadro, não irá ao encontro de Lula.
  • Mais lenha na fogueira. O deputado Celso Maldaner, presidente do MDB, escorado em parecer jurídico assinado por um advogado, descarta considerar válida a reunião extraordinária convocada pela comissão executiva do partido para hoje (31), visando deliberar sobre apoio (ou não) à reeleição do govenador Carlos Moisés (Republicanos).
  • Segundo o parecer, cabe exclusivamente à convenção partidária, marcada para dia 5 de agosto, deliberar e homologar candidaturas ou oficializar alianças com outros partidos na disputa majoritária. Para govenador e senador. Enquanto isso, o lançamento da pré-candidatura de Antidio Lunelli segue marcada para 11 de junho, em Curitibanos.
  • Deputado Felipe Estevão (União Brasil), pastor da Igreja União em Cristo em Laguna e candidato à reeleição, voltou ao Vale do Itapocu quase quatro anos depois de eleito pelo PSL, em 2018. Só de Jaraguá do Sul levou exatos 996 votos. Mas, até hoje, nunca destinou um tostão que seja para a região em recursos de emendas parlamentares.
  • Aliás, a lista de deputados (incluindo senadores) eleitos em 2018 e votados em Jaraguá do Sul e região não é pequena. Mas o custo/benefício tem sido infinitamente menor que o crédito que lhes foi dado nas urnas por um bom número de eleitores. Isso não quer dizer que elegendo um candidato local a coisa mude radicalmente. Porém, fica bem mais fácil de cobrar.

Bancando obras

O governo de Santa Catarina já pagou mais de R$ 170 milhões pelas obras na BR-470, BR-280, BR-163 e BR-285. O valor corresponde a 36,5% dos R$ 465 milhões destinados a acelerar as obras destas rodovias, que são de responsabilidade federal.

Na região

Para a duplicação da BR-470 já foram pagos R$ 107,4 milhões, mais de um terço dos R$ 300 milhões combinados. Outra obra de duplicação, a da BR-280, entre Araquari e São Francisco do Sul, recebeu R$ 26 milhões, o que equivale a 52% dos R$ 50 milhões totais.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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