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Coluna: Esquerda decide candidato

Pela vontade da maioria, dirigentes de seis dos oito partidos da esquerda catarinense, a chamada Frente Democrática terá candidato único ao governo do Estado

05/07/2022

Pela vontade da maioria, dirigentes de seis dos oito partidos da esquerda catarinense, a chamada Frente Democrática terá candidato único ao governo do Estado. O martelo será batido hoje (6) e só mesmo um caso de traição extrema derrubará a indicação do ex-deputado Décio Lima, também presidente estadual do PT. Pelo andar da carruagem, chega ao fim a pretensão de Dario Berger (PSB) em sentar na cadeira de governador, um sonho que acalenta desde 2014, quando chegou ao Senado pelas mãos de Luiz Henrique da Silveira (MDB).

Berger e Antidio

Dario Berger foi vereador, duas vezes prefeito de São José pelo PFL, duas vezes prefeito de Florianópolis, eleito pelo PSDB e PMDB e senador pelo PMDB. Tem um currículo vitorioso nas urnas (como candidato, nunca perdeu eleição) como poucos em Santa Catarina. Antidio Lunelli, que abriu mão de dois anos de mandato como prefeito de Jaraguá do Sul, foi às urnas duas vezes consecutivas e venceu. Então, por que o MDB enxotou Berger e não quer Lunelli?

Eleições

  • O calendário eleitoral entra em julho com nove pré-candidatos a governador: Carlos Moisés (Republicanos) em busca de um segundo mandato, Jorginho Mello (PL), Gean Loureiro (União Brasil), Esperidião Amin (PP), Antidio Lunelli (MDB), Odair Tramontin (Novo), Décio Lima (PT), Dario Berger (PSB) e Ralf Zimmer Junior(PROS).
  • Se sobram candidatos a governador, há uma visível escassez dos obrigatórios “vices” na chapa majoritária. Gean Loureiro (UB) já definiu Eron Giordani (PSD), ex-secretário da Casa Civil do governador Moisés, para ser o seu vice. Odair Tramontin (Novo) terá como vice Ricardo Althoff (Novo/Criciúma). Todo o resto, até agora, é pura especulação, faz parte do jogo.
  • Para o Senado, três nomes são conhecidos até agora: o deputado estadual Kennedy Nunes (PTB/Joinville), o ex-governador Raimundo Colombo (PSD/Lages) e o ex-Secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif Júnior (PL/Itajaí). Decisão recente do TSE permite dois candidatos ao Senado pela mesma coligação de partidos aliados aos candidatos a governador.
  • Já no beligerante MDB, três nomes são citados para a disputa à única vaga ao Senado- deputados Celso Maldaner e Rogério Peninha Mendonça e o ex-governador Paulo Afonso. Das três vagas a que cada Estado tem direito, duas foram preenchidas em 2018, com Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL). O mandato é de oito anos.
  • O ex-deputado federal João Paulo Kleinübing (União Brasil), desistiu de candidatura a deputado estadual para ser o coordenador executivo da campanha de Gean Loureiro (UB). Em 2020, JPK perdeu as eleições para prefeito de Blumenau (que governou por dois mandatos) para Mario Hildebrandt (Podemos), apoiador incondicional de Carlos Moises (Republicanos).
  • Ex-deputado estadual (dois mandatos) Cairu Hack (PP/São Lourenço do Oeste, morreu aos 69 anos de idade, de causa não divulgada. Natural de Pato Branco (PR), foi duas vezes prefeito de SLO. E despontou como liderança política estadual quando disputou o cargo de vice-governador na chapa de Amílcar Gazaniga, ex-prefeito de Itajaí. Em 1986 pelo PDS. Naquele ano, Pedro Ivo Campos fez história como primeiro governador eleito pelo PMDB.

Apoio para Moisés

Cerca de100 prefeitos, vereadores e deputados do MDB, PP, PSDB, PSD, União Brasil, PL, Podemos, Democracia Cristã, Avante, Patriota, além de empresários, ex-governadores e pré-candidatos foram ao encontro do governador Carlos Moisés (Republicanos) no sábado (2), em Florianópolis. Em evento suprapartidário de apoio à reeleição do governador.

“Escolha comum”

“Aqui cada um é diferente do outro. Mas hoje a gente não está aqui por causa das nossas diferenças, até porque elas são muito menores do que o que temos em comum. Porque, se tivermos que escolher, a gente vai sempre escolher a mesma coisa. A gente sempre vai escolher Santa Catarina”, discursou Moisés.

O gato comeu?

“São muitas as lendas criadas pelo atual governo do Estado. Mas, sem sombra de dúvida, a maior delas são os R$ 33 milhões para a compra de respiradores que nunca chegaram. Me contem, qual a história preferida de vocês?”. A ironia é do empresário Ari Rabaiolli (PL/Joinville), pré-candidato a deputado federal. Moisés, que se livrou da cassação por conta dessa compra fraudulenta, garante que o dinheiro foi recuperado. Mas não diz onde está.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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