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Coluna: Loureiro e Rodrigues

A fusão do DEM e PSL, gerando o União Brasil, pode formalizar uma chapa majoritária às eleições de 2022 nunca imaginada

24/10/2021

A fusão do DEM e PSL, gerando o União Brasil, pode formalizar uma chapa majoritária às eleições de 2022 nunca imaginada, juntando os prefeitos Gean Loureiro (União), de Florianópolis, e João Rodrigues (PSD), de Chapecó. Duas lideranças políticas fortes no Sul e Oeste catarinense. Loureiro foi a Chapecó na terça-feira (19) para uma longa conversa com Rodrigues. E de lá saiu dizendo que “o que desejamos é ter o melhor nome para ganhar a eleição”. Sinceridade é tudo. Ganhar a eleição é mesmo o que importa, o resto é secundário.

Ciro em Santa Catarina

Pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) tem agenda em SC nos dias 28, 29 e 30, em Florianópolis, Joinville, Itajaí e, possivelmente, Lages. Em 2018, o ex-ministro de Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) foi o terceiro mais votado no Estado, com 264.312 mil votos. Atrás de Jair Bolsonaro, ainda no PSL, (2.603.665 milhões) e Fernando Haddad (598.578 mil) do PT. E à frente de João Amoêdo (158.562 mil) do Novo, e Geraldo Alckmin (154.068 mil) do PSDB.

Pelos bastidores

A vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido), derrotada na pretensão de derrubar o governador Carlos Moisés (sem partido) nos dois processos de impeachment que ele sofreu, está longe dos holofotes, mas trabalha para se acomodar em um partido que respalde sua candidatura à Assembleia Legislativa. Aliás, este era seu projeto original. Ou mesmo à Câmara dos Deputados. Patriotas e Avante estão interessados na filiação de Daniela. Inclusive para compor como cabeça de chapa majoritária (governo do Estado).

Esperando sentado

Há mais de dois meses o ex-governador Pinho Moreira (MDB) espera pela oficialização de seu nome a uma diretoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, indicado que foi pelo governador Carlos Moisés (sem partido). Moreira precisa de aprovação do Banco Central, mas sua passagem pela presidência da Celesc, em 1997, não o recomenda: contratou empresa para cobrar inadimplentes, mas o serviço nunca foi feito. O rombo denunciado em 2011 era de R$ 50 milhões. Só para saber: diretor do BRDE ganha R$ 60mil de salário, fora mordomias.

As rodovias “federais”

“E o que dizer das rodovias? Por que são federais aquelas que começam e terminam no território catarinense? Caso da 280, da 470 e da 282? Por que são federais? Simplesmente porque o dinheiro está na Capital da República. Logo que assumi meu primeiro mandato de governador, propus ao governo federal que o Estado assumiria aquelas rodovias, entrando com 30% do custo da duplicação. Mesmo com a perspectiva de lucrar um terço naquelas obras, o governo recusou a oferta generosa do Estado. Passaram-se 13 anos. A 470 e a 280 estão do mesmo jeito”.  Na foto, LHS visita obras de duplicação da BR-101/Norte em 2003.

Devagar, quase parando

O que se lê acima é trecho de artigo do ex-senador Luiz Henrique da Silveira (MDB) publicado no jornal “A Notícia” (Joinville) em 2015. Reportava-se a 2003, quando assumiu o governo do Estado pela primeira vez. Aliás, mesmo depois de oito anos em obras, as duas rodovias estão quase do mesmo jeito até hoje, congestionadas e sem manutenção. A proposta de LHS foi copiada por Carlos Moisés (sem partido), liberando R$ 465 milhões de recursos estaduais para rodovias da União em SC, incluindo a 470 e a 280. Obras, diga-se, com escassos recursos federais previstos para 2022. Ou, até mesmo, nenhum centavo.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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