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Coluna: Mais que a União

Os R$ 300 milhões já sacramentados pelo governo do Estado à União, para obras de duplicação da BR-470 supera em muito os R$ 207 milhões previstos pelo governo federal

19/09/2021

Em papel invertido, o investimento de R$ 300 milhões já sacramentados pelo governo do Estado à União, para obras de duplicação da BR-470, de Navegantes a Indaial (74 quilômetros), supera em muito os R$ 207 milhões previstos pelo governo federal para 2021 e 2022.

Também é maior que os R$ 296 milhões empenhados pelo DNIT em 2019 e 2020. Mesmo assim e sem contar a correção monetária, ainda vão faltar R$ 240 milhões para que tudo seja concluído.

Mas já foi pior

Mas, em passado recente foi ainda pior: nos governos de Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), minguados R$ 366 milhões foram liberados. Algo ao redor de R$ 73 milhões/ano.

Mas se engana quem pensa que a ajuda o Estado vai acelerar a obra da 470, que em 2021 teve míseros R$ 65 milhões aportados pela União. Para 2022, só R$ 85 milhões estão previstos. A ajuda catarinense vai apenas evitar que a obra pare de vez.

E a BR-280?

Vai de mal a pior. Do bolo de R$ 465 milhões que o Estado investirá nas duas rodovias da região e em outras três (Sul e Oeste), garantidos, mesmo, só R$ 50 milhões para o trecho de Araquari a São Francisco do Sul.

O resto é promessa. Porque toda a pressão da bancada federal e de federações de segmentos produtivos concentrou-se na BR-470. Que, vez em quando e por isso mesmo, é notícia na chamada “grande imprensa. Que, por aqui, há anos não põe os pés.

Passando adiante

A exemplo da Prefeitura de Blumenau, que encaminha processo para se livrar da dispendiosa e deficitária estrutura da rodoviária do município (leia a coluna de 10/9), também Florianópolis está prestes a conceder o Terminal Rita Maria à iniciativa privada.

É a rodoviária da Capital, inaugurada em 7 de setembro de 1981. Até antes da pandemia da Covid 19, que provocou drásticos cortes de horários de ônibus, por lá passavam, em méia,10 mil pessoas por dia.

É isso

Máquinas públicas sustentadas pelos contribuintes não podem mais arcar com custos de manutenção com estruturas deficitárias. E a rodoviária de Jaraguá do Sul é um exemplo clássico.

Pouco ou nada oferece aos usuários, com todo um entorno disponível e vazio. Ao contrário, empreendedores privados (em contratos bem “amarrados”, é claro) sabem muito bem o que fazer para gerar lucros. É só ter vontade política para se desfazer do prejuízo.

“O MDB é um partido velho, precisa de renovação”.  A frase, que causou impacto no partido reverberando nas redes sociais, é do prefeito Antidio Lunelli (MDB), dita durante entrevista à Rádio CBN/Diário, de Florianópolis, sobre sua pré-candidatura a governador. De fato, é só olhar para os nomes da executiva estadual do partido.

Mas não é só no MDB que isso ocorre. Partidos políticos, todos sem exceção, parecem propriedade particular de alguns poucos que não deixam crescer novas lideranças à sombra deles. Mas que, hipócritas que são, sempre reclamam da pouca participação de homens e mulheres.

Tudo gente fina

O novo partido resultante da fusão entre o DEM e PSL, ainda não tem nome definido. Podendo manter o número 25, do DEM, ou 21 (de setembro, quando se dará o anúncio oficial).

Mas já tem nomes para disputar a presidência da República com Jair Bolsonaro (sem partido) e Lula da Silva (PT): o presidente do Senado, Rogério Pacheco (DEM), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e José Luiz Datena (PSL). Para governador de SC, Gean Loureiro (DEM), prefeito de Florianópolis. Como se diz no popular, “tudo rapaz bom, né?”.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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