Coluna: MDB vai para o voto

Resolução assinada pelo presidente estadual do MDB, deputado federal Celso Maldaner, confirma o dia 19 de fevereiro, data exigida pela bancada dos deputados estaduais, para a votação que escolherá o candidato a governador. Na prática, um mano a mano entre o prefeito de Jaraguá do Sul, Antidio Lunelli e o senador Dario Berger, já com um pé no PSB. Porém, decidido a ouvir um “não” da maioria emedebista para, então, mudar de endereço.

Dario Berger x Lunelli

Se perder a indicação, Berger deve se filiar no PSB, disputando a majoritária como cabeça de chapa por este partido. O deputado Maldaner completa o tripé de pretendentes. Mas é pré-candidato de “mentirinha” já que apoia o prefeito Lunelli desde a pendenga criada com a proposta de se apontar o nome pelo voto, em agosto de 2021. Dia 10 é o prazo de inscrição obrigatória dos pretendentes. Se houver apenas um, a indicação se dará por homologação.

Como será a votação

Votam os vereadores no exercício do mandato (827), prefeitos (96), vice-prefeitos (68), senador (1) e seus dois suplentes, deputados estaduais (9) e federais (3), membros do diretório estadual e dos diretórios municipais, incluindo comissões provisórias e delegados à convenção o partido. A votação ocorre entre 9h e 15h. Em tempo: definido o candidato do MDB o governador Carlos Moisés deverá, finalmente, optar pelo seu novo partido.

O PL rachou

A eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa marcou um racha no PL.  Por unanimidade, Moacir Sopelsa (MDB) assume a presidência.  Mauricio Eskudlark, eleito primeiro vice-presidente com 31 votos (Fabiano da Luz e Luciane Carminatti, do PT, não foram à sessão). Marcius Machado, também do PL, que levou apenas 7 votos. Eskudlark é da base do govenador Carlos Moisés (sem partido), onde também estão o MDB, PP, PSD e PSDB. Machado faz oposição.

Bolsonaro e Moro

“A sociedade imaginou que poderia ser diferente com Bolsonaro e acabou não sendo. Há um reclame no meio político e de várias lideranças”. Do deputado Carlos Chiodini (MDB), admitindo, porém, que o presidente segue liderando as pesquisas em Santa Catarina feitas por partidos políticos. Observando, também, que o ex-juiz federal Sergio Moro (Podemos) aparece melhor em SC do que na média nacional e que isso representa votos que eram de Bolsonaro.

“Gênero de primeira necessidade”

Deputado estadual por três mandatos pelo MDB (entre 1995 e 2010) e secretário de Segurança Pública no governo de Luiz Henrique de Silveira (MDB), o desembargador João Henrique Blasi assume a presidência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, onde está desde 2007. “Justiça é gênero de primeira necessidade. É tarefa estatal indelegável, como são a saúde, a segurança e a educação”, discursou Blasi no ato de posse na quarta-feira (2). Ele assume a cadeira até então ocupada pelo colega desembargador Ricardo Roessler, que é de São Bento do Sul.

Mocelin no Republicanos

Deputado estadual Coronel Mocelin (PSL), aliado de primeira hora do governador Carlos Moisés (sem partido) e também bombeiro militar da reserva, em março filia-se ao Republicanos de olho em uma vaga na Câmara dos Deputados. É provável que o Republicanos não apoie chapa a governador, liberando lideranças para cabalar votos a candidatos que preferirem. Em 2018, Mocelin levou 584 votos de Jaraguá do Sul.