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Coluna: Napoleão promete

Napoleão Bernardes, que dificilmente será homologado pelo PSD para a sucessão de Carlos Moisés, já faz promessa.

27/10/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Pré-candidato a governador, o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, que dificilmente será homologado pelo PSD para a sucessão de Carlos Moisés, já faz promessa: se eleito, metade do seu secretariado será composto por mulheres.

Contemplando todas as regiões do Estado. Ora, pouco importa se as secretarias estaduais forem ocupadas por mulheres, negros, brancos, índios ou quem for. O que deve importar é a comprovada competência.

Mas não fez

Mas, em 2017, no início de seu segundo mandato de prefeito, Napoleão nomeou apenas três mulheres entre os titulares das 27 secretarias, autarquias, intendências e Procon. Privilegiando o PSDB (partido pelo qual foi eleito) além do PP, PSB, DEM e PV, de um total de 12 partidos aliados. Nada de novo. No Brasil vale muito mais a “competência” partidária que qualquer outra qualificação. No caso, desnecessária e dispensável.

Vai não vai?

Senador Jorginho Mello, pré-candidato a governador, animado com a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro se filiar ao PL depois que um forte movimento em Brasília, articulado pelo presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, tratou de esfriar as conversas do presidente com o Progressistas de Esperidião Amin. Que só entre entrará em sua quinta disputa pelo governo do Estado disputa com Bolsonaro no PP.

Alvo determinado

A CPI da Covid encerrou a fase de inquisição sem convocar governadores e prefeitos de capitais que, notoriamente, meteram a mão no dinheiro repassado pelo governo federal. Resumindo, o foco principal de alguns senadores, como já se sabia, era o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Só para lembrar

Em 2016, Renan votou contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Não por coincidência, em 2018 José Renan Vasconcelos Calheiros Filho, um dos não-investigados e filho do senador Renan Calheiros, relator da CPI, foi eleito governador da Bahia com apoio formal do PT.

Pré-candidatos

Luciano Hang (sem partido), o Secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif Júnior (PL) e o deputado federal Daniel Freitas (PSL) são pré-candidatos a senador. Todos bolsonaristas de carteirinha. Em 2022, haverá só uma vaga para o Senado e Bolsonaro terá de decidir por apoiar um deles

Na cara dura

Se a Assembleia Legislativa aprovar, o deputado que destinar recursos públicos (leia-se, impostos) para obras ou reformas através das chamadas emendas parlamentares, terá o direito de gravar seu nome na placa de inauguração, mesmo que o valor repassado não seja o total dos custos.  E, pior: em ano pré-eleitoral, a proposta tem a concordância da Procuradoria-Geral do Estado e das secretarias de Administração e Infraestrutura.

Narcisismo ao cubo

O deputado Marcius Machado (PL), autor do projeto de lei, diz que não há nada de errado nisso. Ao contrário, afirma, é o reconhecimento do trabalho dos deputados em favor da população. Isso é o suprassumo do narcisismo. É a caridade com o chapéu alheio. A propósito, ontem (26) a Associação dos Vereadores do Vale do Itapocu promoveu palestra sobre o “Narcisismo político: o pavão eleitoreiro e o princípio da vedação da promoção pessoal”.

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